Queda de balões em linhas de transmissão pode afetar abastecimento de energia, diz Furnas
Parece uma prática inofensiva, mas soltar balão é perigoso. Quando um balão atinge os cabos, e mesmo que não haja o desligamento, técnicos de Furnas precisam interromper as linhas de transmissão para fazer a retirada do balão, o que pode implicar na queda de energia em algumas regiões.
Por isso, preocupada com o risco do desligamento de linhas de transmissão, Furnas está reforçando o alerta para acabar com a soltura desses balões, principalmente nesta época de pouca chuva no estado do Rio de Janeiro, e pelo aumento da demanda de energia nas unidades de saúde por causa da pandemia do novo coronavírus.
O gerente de Linhas de Transmissão de Furnas, Ricardo Abdo, destaca que o tempo para recompor o sistema elétrico depende de uma série de fatores, entre eles, o acesso ao local da ocorrência. Isto porque muitas vezes o balão cai em regiões remotas e de difícil acesso, e o horário, à noite ou madrugada, o que dificulta ainda mais o pronto atendimento.
Soltar balão no Brasil é crime previsto no Código Penal. A pena para quem for pego confeccionando, vendendo ou soltando balões é de 1 a 3 anos de detenção e multa.
No Rio de Janeiro, a campanha de combate e prevenção à prática, do programa Linha Verde, do Disque-Denúncia, está na 22ª edição. No ano passado, foram 145 denúncias, que podem ser feitas pelo telefone 21 2253 1177.
O Corpo de Bombeiros adverte a população sobre os riscos de soltar balões pois, além de provocar interrupção de energia elétrica, eles provocam queimadas na mata e riscos à aviação.
