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Indicador de felicidade da FGV cai e é o menor da série histórica

A desigualdade no Brasil alcançou nível recorde desde o início da pandemia da covid-19, há pouco mais de um ano. Ao mesmo tempo, os indicadores de felicidade chegaram, ao longo desse período, ao menor patamar. As conclusões fazem parte da pesquisa Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia, divulgada nesta terça-feira pela FGV Social, centro de políticas sociais da Fundação Getúlio Vargas.
O levantamento mostra a escalada da desigualdade a partir da diminuição da renda obtida com o trabalho e o aumento das percepções negativas. E revela que os impactos foram sentidos de maneira mais intensa pela parcela mais pobre da população.
O índice de Gini, que mede a concentração de renda, atingiu, nos primeiros três meses desse ano, o nível mais elevado da série histórica, iniciada em 2012. E enquanto a população em geral viu a renda média encolher 10,89% em um ano, os mais pobres perderam quase o dobro: 20,81%.
Os indicadores de felicidade também recuaram no país, em especial entre os mais vulneráveis. Para mensurar a felicidade, a FGV faz uma pesquisa de forma a avaliar a satisfação com a vida presente. Entre os 40% mais pobres, a queda foi 0,8 ponto; enquanto entre os 20% mais ricos, houve ligeira alta, de 0,1 ponto.
De acordo com Marcelo Neri, diretor da FGV Social e  autor do estudo, as perdas de postos de trabalho e, consequentemente de renda, foram determinantes nesse processo, já que estão diretamente relacionadas ao bem estar.
A queda na percepção de felicidade no Brasil foi maior do que a média registrada em 40 países, segundo dados processados por uma empresa norte americana de pesquisa de opinião e analisados pela FGV. Em 2020, o Brasil encerrou o ano com nota de 6,1, o menor ponto da série histórica iniciada em 2006. No restante do mundo, o índice permaneceu relativamente estável.

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