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Mães de favelas vão receber R$ 120 por dois meses

Vinte mil mulheres moradoras de favelas em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal vão receber um auxílio de R$ 120 por mês, por dois meses.
A iniciativa é da Cufa, Central Única das Favelas, para fazer frente ao cenário difícil que já vivenciam mães que cuidam sozinhas de seus filhos e estão fortemente atingidas pelos reflexos da pandemia do coronavírus.
Uma pesquisa realizada pelo Data Favela e o Instituto Locomotiva apontou que nove em cada dez mães moradoras desses locais terão dificuldade para comprar comida após apenas um mês sem renda.
O levantamento “Coronavírus – Mães da Favela” foi feito em 260 favelas em todos os estados do país. De acordo com a pesquisa, esses locais abrigam mais de 5 milhões de mães, com média de 2,7 filhos cada.
O fundador da Cufa, Celso Athayde, afirma que cerca de 37% dessas mulheres trabalhavam na informalidade e muitas delas não têm qualquer cadastro em programas sociais, e com o isolamento sofreram o impacto na queda da renda de forma imediata.

“Elas vendem um salgadinho, fazem uma unha, fazem um cabelo… a renda delas é semanal. Ninguém tem dinheiro guardado em banco”.

Segundo Atahyde, a Cufa já distribuiu, desde o início da pandemia, cerca de 600 toneladas de cestas básicas, em favelas de todo o país. Ele destaca que o repasse dos R$ 120 vai dar mais autonomia a essas mulheres, que vão poder aplicar os recursos naquilo que mais precisam e assim também ajudar a movimentar a economia de pequenos negócios nas favelas.

“A gente sabe que esse valor não vai resolver a vida de ninguém, mas considerando que uma cesta básica custa R$ 100, ela pode escolher os itens que ela prefere”.
No total, serão 40 mil ‘Vales Mães’, como está sendo chamado o benefício. O valor vai ser pago via aplicativo. O repasse deve acontecer em 15 de abril e 15 de maio.
Para arcar com o programa, a Cufa está recebendo doações no site oficial maesdafavela.com.br, que tem um contador da entrada de recursos para assegurar a transparência.

Segundo a Central, todo o processo também será auditado por uma empresa externa e haverá um conselho fiscal com a participação de representantes de empresas que doaram.
Até esta segunda-feira (6), a iniciativa alcançava mais de R$ 350 mil em doações.
O  cadastro das mães vai contar com uma tecnologia de reconhecimento facial para garantir que elas serão as reais beneficiárias. Segundo a Central Única das Favelas, a escolha das mães que demandam maior auxílio para criar e sustentar os filhos será feita por lideranças da Cufa nos estados.

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