Governo faz inspeção nas duas bases militares cotadas para quarentena de brasileiros vindos da China
O governo federal ainda avalia qual cidade deve receber os 40 brasileiros a serem repatriados para cumprir quarentena no país. Nesta terça-feira, militares chegaram a avaliar as bases aéreas de Florianópolis, capital de Santa Catarina, e a cidade de Anápolis, interior de Goiás, que fica a cerca de 150 quilômetros de Brasília.
Ainda nesta terça, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, disse que a base aérea de lá fica a 10 quilômetros da cidade e, por isso, a população não precisa se preocupar com possíveis contaminações.
“Não há motivo para desespero, até mesmo porque o ministro Mandetta que nos comunicou que, caso Anápolis seja escolhida para a quarentena, elas ficariam 100% isoladas, e se alguma delas precisasse de atenção médica, seria atendida no Hospital Base de Brasília”.
A cidade de Wuhan tem a maioria dos 20 mil casos confirmados da China e é o único local onde o governo chinês fez bloqueio de entrada e saída de pessoas. Por isso, não há voos comerciais para a vinda dos brasileiros. Dessa forma, o Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea Brasileira, trabalha na elaboração do plano de voo da aeronave, possivelmente fretada, que deve ir à China buscar essas pessoas.
Após encontro com ministros brasileiros, em Brasília, nesta terça-feira, o embaixador da China, Yang Wanming, disse que o país vai prestar apoio à vinda dos cidadãos brasileiros.
“Respeitamos a decisão do governo do Brasil, e também vamos prestar nosso apoio para facilitar os trâmites na cidade de Wuhan”.
Até o momento, o Brasil monitora 14 casos suspeitos de coronavírus em quatro estados. Nenhum caso foi confirmado, mas mesmo assim, o Ministério da Saúde reconheceu, nesta terça, o estado de emergência pública no Brasil, devido ao novo coronavírus. Segundo o órgão, essa é uma forma de facilitar a repatriação dos 40 brasileiros.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chegou a explicar que, antes de embarcarem, todos os repatriados devem passar por um exame, para detectar a ausência de sintomas do coronavírus. Só embarca quem não apresentar sintomas.
No local onde ficarão no resto da quarentena, em solo brasileiro, haverá profissionais de diversas áreas da saúde e quartos individuais.