Brasil

Fiocruz Minas estuda efeitos da vacina em crianças e adolescentes

A unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Minas Gerais coordena a realização do Estudo Immunita, que vai acompanhar, ao longo do tempo, a resposta gerada pela vacina contra a covid-19 em crianças e adolescentes. No estudo, a Fiocruz Minas tem parceria com o Instituto Butantan, a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e secretarias municipais de Saúde de Belo Horizonte e de Serrana (SP).

De acordo com a Fiocruz, a pesquisa, que contribuirá para a definição de diretrizes relacionadas à vacinação contra covid-19 para crianças e adolescentes, vai durar um ano e seis meses.

Segundo a coordenadora do estudo, Rafaella Fortini, a efetividade e a segurança das vacinas já foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O estudo permitirá o detalhamento sobre a resposta imunológica protetora gerada pela vacina e como esta resposta permanece ao longo do tempo. “Para isso, analisamos os níveis de anticorpos totais e anticorpos neutralizantes, aqueles capazes de efetivamente neutralizar o coronavírus, incluindo as variantes de preocupação em circulação. Além disso, vamos detalhar a resposta celular gerada pela vacina, para entendermos a resposta protetora de forma ampla e completa nas crianças e adolescentes”, disse a pesquisadora.

O recrutamento de voluntários é feito quando as famílias levam crianças e adolescentes – na faixa de 5 a 17 anos – para tomar a vacina em Belo Horizonte e região metropolitana e no município de Serrana. As informações sobre a pesquisa e o esclarecimento das dúvidas que possam surgir antes da adesão do voluntário são fornecidas por equipes da Fiocruz e do Butantan nos próprios locais de imunização. O acompanhamento começa com a autorização dos responsáveis e também dos vacinados.

Rafaella informou que o acompanhamento dos voluntários cobrirá todo o período do estudo e que, em caso de sintomas de covid-19, uma equipe médica avaliará a necessidade de realização da coleta [para o teste] de swab. “Em seguida, fazemos o diagnóstico por [teste de] PCR. Se positivo, é feito o sequenciamento do vírus para definirmos as variantes causadoras da infecção no pós-vacina. Além disso, monitoramos possíveis efeitos adversos que possam ocorrer”, explicou.

O acompanhamento mensal dos voluntários é feito por meio de contato telefônico. São cinco contatos presenciais: um no dia da vacinação e os seguintes após um mês, três meses, seis meses e um ano, todos a partir da segunda dose de vacina.

Conforme a Fiocruz, em Belo Horizonte e região metropolitana, estão sendo avaliadas as respostas geradas pelas vacinas CoronaVac e Pfizer, imunizantes que estão sendo aplicados na faixa etária alvo do estudo. “Já em Serrana, avalia-se exclusivamente a CoronaVac, que, assim como no restante do país, é aplicada no público acima de 6 anos.”

O Estudo Immunita faz investigação semelhante em adultos vacinados. A pesquisa com o público com mais de 18 anos começou em janeiro do ano passado e terá duração de dois anos.

“As informações geradas pela pesquisa vão subsidiar a tomada de decisões, auxiliando a Anvisa e o Ministério da Saúde a definir a necessidade de dose de reforço e também a periodicidade para todas as faixas etárias. Vão ajudar ainda a definir diretrizes a serem adotadas pelo Programa Nacional de Imunizações”, afirmou Rafaella Fortini.


Veja na fonte oficial – IMG Autor

Concorra a prêmios surpresas ao fazer parte de nossa newsletter GRATUITA!

Quando você se inscreve na nossa newsletter participa de todos os futuros sorteios (dos mais variados parceiros comerciais) do PlanetaOsasco. Seus dados não serão vendidos para terceiros.

PlanetaOsasco.com

planeta

O PlanetaOsasco existe desde 2008 e é o primeiro portal noticioso da história da cidade. É independente e aceita contribuições dos moradores de Osasco.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo