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Morre gestante baleada em tiroteio no Rio; é a 8ª vítima desde 2017

A designer de interiores Kathlen de Oliveira Romeu se tornou a 15ª gestante baleada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, apenas de 2017 para cá. E, assim como outras sete dessas grávidas, ela não resistiu aos ferimentos e morreu.
Kathlen e a avó se dirigiam para a casa de uma tia, no Complexo do Lins, na zona norte da capital, na tarde desta terça-feira (8), quando ficaram no meio de uma troca de tiros entre policiais militares e traficantes, numa das vielas da comunidade. A jovem de 24 anos acabou atingida por um dos disparos. Foi socorrida ao hospital, mas já era tarde.Na porta do Instituto Médico Legal, na manhã desta quarta-feira (9), o pai da jovem, Luciano Gonçalves, confirmou que ela tinha se mudado do Lins há cerca de um mês, justamente em busca de mais segurança.
Kathlen estava grávida de cerca de 3 meses e nos últimos dias começou a dividir com os amigos algumas fotos e textos sobre a gestação em suas redes sociais. Nas publicações, ela se dizia muito feliz, e também um pouco assustada com os desafios da maternidade. Apesar disso, se sentia pronta para receber, amar e cuidar de seu bebê, que já tinha nome: Maya ou Zayon, a depender do sexo que ainda não era conhecido.
A morte da designer foi a razão de um protesto que fechou a Autoestrada Grajaú Jacarepaguá no fim da tarde desta terça, e também causou muita comoção nas redes sociais. A hashtag #justiçaparakathlenromeu rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados.Apesar da enxurrada de mensagens de apoio à família, o namorado de Kathlen e pai do bebê, o tatuador Marcelo Ramos revelou que alguns ataques também estavam sendo feitos, e pediu respeito, em um vídeo publicado em seu Instagram.
A conta de 15 gestantes baleadas nos últimos anos foi feita pelo Instituto Fogo Cruzado que monitora os tiroteios na Região do Grande Rio. A analista de dados da plataforma, Maria Isabel Couto diz que o caso de Kathlen mostra que é preciso repensar toda a estratégia de policiamento e não somente proibir operações injustificadas, como fez o Supremo Tribunal Federal.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital e também pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora, já que o tiroteio envolveu policiais militares da UPP do Lins. A versão dada pela Polícia Militar é que os PMs faziam patrulhamento de rotina, quando foram atacados a tiros por traficantes, na localidade conhecida como Beco da 14. Houve confronto e depois que os disparos cessaram, o grupamento encontrou a jovem ferida e a levaram ao Hospital Municipal Salgado Filho. Nenhum suspeito foi preso na ação, que apenas apreendeu um carregador de fuzil, munições e uma quantidade não especificada de entorpecentes.

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