Manchetes

Vamos conversar amistosamente sobre manifestações?

Manifestações. Esse espaço que traz as notícias de segunda a sexta para você, internauta, hoje não poderia fugir deste tema. Os protestos dominaram as conversas do balcão da padaria até as preliminares de reuniões de negócios.

Há quem cobre a imparcialidade de jornalistas. Há quem cobre a opinião. E há quem exija que o veículo ou o comunicador digam o que você quer ouvir. Só esquecem que os veículos têm audiência de públicos que, às vezes, pensam diferente. Mas, independente de que lado você ficou na movimentação popular deste domingo, algumas análises devem ser feitas.

A primeira se refere ao número de participantes. Na ‘pior’ das contas, deu 500 mil, segundo o Datafolha. Com 2 milhões a mais, os organizadores. Com 1,4 mi, a PM. Mesmo com a estimativa mais baixa, já superam os protestos das Diretas Já, de 1984, com 400 mil. A crescente adesão popular tem que ser ‘percebida’ e levada em conta. Inclusive pelo governo, que, muitas vezes trata os protestos como ‘café-com-leite’. Não é e agora ficou evidente.

O caráter pacífico e o tom de ser contra a corrupção e não somente contra o atual e o anterior governo também vem se alterando a cada nova manifestação. Não acredito que muitos tenham a solução para o problema, tratado até então como a presidente Dilma Rousseff. Propõe-se o impeachment, mas, vai que ele rola… e aí? Faz o quê?

O discurso ‘torcedor organizado’ das eleições de 2014 transformou o país. Não temos um Brasil que todos torcem pra que seja melhor. Temos parte dos brasileiros que nem sabem o que acontece e seguem sobrevivendo. Tem quem, por paixão ideológica inflamada, se faz de cego aos problemas inegáveis resultantes de erros e mais erros do governo; e, com isso, propaga que tudo vai bem (e não vai!). Há quem é contra o governo petista. E somente isso (aquela torcida organizada da primeira linha deste parágrafo). E há quem pretende combater a corrupção e ver um país melhor, independente de quem o comande. Desculpem-me os otimistas, mas, não acredito que esta porcentagem seja grande se dividirmos a população brasileira em todos esses grupos que citei.

Redes sociais

Com certeza, contribuíram e muito para a aglomeração. Ótima ferramenta, se bem usada. Porém, o ódio propagado entre amigos por discursos em defesa ou crítica a bandeiras partidárias, em nada acrescenta. Assim como os debates virtuais acerca de ter brancos ou negros nas manifestações ou fotos de grupos de imbecis, sejam eles, em defesa do golpe de 1964, do nazismo, da morte de político X ou Y.

Se você foi ou não foi, se concorda ou não com os atos públicos, se apoia Dilma e Lula ou não, um ponto é irrefutável: o governo não tem sido hábil em contornar a situação complicada que está. E pra complicar, tem a corrupção e os escândalos, que não são uma invenção de apenas 14 anos.

Enfim, queremos a saída de Dilma? Na atual situação, o que fazer depois disso? Continuam os protestos? Ou acreditaremos que a corrupção acaba junto com o mandato da petista?

Só mais uma coisa: o Lula assumir qualquer cargo, que seja síndico no prédio do tríplex, agora não é a hora mesmo, não pega bem. Segura aí, ‘companheiro’!

Diego Machado
Jornalista e Locutor
contato: machadolocutor.com.br

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