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Pandemia muda tradicional homenagem a São Jorge no Rio

A pandemia do novo coronavírus tem efeito amplo. Nem mesmo a tradicional festa do Dia de São Jorge, em 23 de abril, poderá ser comemorada na data. A programação foi alterada pela primeira vez, em 75 anos, para evitar aglomerações na Igreja Matriz São Jorge, em Quintino, na zona norte do Rio de Janeiro.
Em vídeo publicado no perfil da paróquia, no Facebook, o pároco Dirceu Rigo informou sobre as mudanças e orientou os fiéis a homenagear, ainda que de longe, o santo guerreiro, um dos mais populares entre católicos, umbandistas e candomblecistas do Brasil.
“Por causa da pandemia, vamos transferir a festa de São Jorge para o dia 23 de agosto ou para o mês de setembro. Vamos avisar em tempo a vocês, queridos devotos”, anunciou o padre.
Todos os anos, o movimento na paróquia começa bem cedo. Por isso, a chamada Alvorada de São Jorge foi mantida no mesmo horário, às 5h. Não será acompanhada pela multidão, mas poderá ser vista pelas redes sociais. “Vai ter o toque do clarinete, o toque dos sinos, a queima de fogos e, depois, a Santa Missa.”
A programação nas redes sociais inclui a celebração de missas às 10h, às 15h e às 18h, mas sem os fiéis. “Em cada missa, vamos dar uma bênção especial para a saúde. Portanto, faça da sua casa a Igreja de São Jorge. Não venha aqui à igreja, porque ela estará fechada. Os portões estarão fechados. Vocês não poderão entrar na igreja. Vamos obedecer às nossas autoridades, que pediram para ficarmos em nossas casas. Então, vocês fiquem em casa. Vocês devotos não vão chegar à casa de São Jorge, à igreja dele, mas São Jorge vai à vossa casa, e quer que a vossa casa seja a igreja dele”, afirmou o padre Dirceu.
A Paróquia de São Jorge, no Rio, foi construída em um terreno onde, anos antes, algumas senhoras se reuniam na varanda de uma das casas da rua para rezar o terço. Um senhor português, que passava sempre por lá, trouxe de Portugal uma imagem de São Jorge e entregou ao grupo. Ali começou a devoção ao santo, que se espalhou pelo bairro e culminou na construção de uma capela muito simples para o padroeiro.
No dia 1º de janeiro de 1945, o então arcebispo do Rio de Janeiro, dom Jaime de Barros Câmara, criou 25 novas paróquias, entre elas, a de São Jorge.

As homenagens ao santo guerreiro se estendem também ao centro do Rio. A Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge, na Praça da República, que também concentra multidão durante em 23 de abril, neste ano não vai receber os devotos. Quem liga para a igreja escuta a mensagem de que o local está fechado e só voltará a abrir após a pandemia.
A imagem de São Jorge chegou ao local em 1855, após a igreja do santo, próxima dali, ruir por falta de condições das instalações.
A irmandade de São Gonçalo Garcia, então, resolveu abrigar a imagem. Assim foi criada a Venerável Confraria dos Gloriosos Mártires São Gonçalo Garcia e São Jorge. Inicialmente, a imagem de São Jorge ficava onde existe hoje o Calvário, depois foi construída uma capela para o santo.

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