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Nascimento de Brasília, há 61 anos, marca edificação da saúde pública

O tempo atual nos exige esperança. Vacinar a população, cuidar dos doentes, superar a pandemia. E no Brasil, tudo isso passa pela força do nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, fundamental no combate à covid-19.Mas, nem todos sabem que um pouco da conquista do direito a saúde para todos surgiu com o nascimento de Brasília, que completa nessa quarta-feira (21) 61 anos.Na construção da capital da esperança, na imensidão do cerrado, não se sonhou apenas com as inovações na arquitetura ou uma educação libertadora, mas também com uma saúde inclusiva.Até a criação do SUS, a assistência à saúde era prestada pelos institutos profissionais, que atendiam os respectivos trabalhadores, restando aos pobres o atendimento em instituições de caridade e de filantropia, como as santas casas de misericórdia.Mas, no sonho de um novo país, erguido no planalto central, coube também o projeto pioneiro de uma saúde para todos, muito antes da Constituição de 1988 garantir esse direito essencial, que é um dever do Estado.E coube ao médico Ernesto Silva o planejamento desse novo sistema de saúde, realizado a partir dos planos do médico Henrique Bandeira de Mello. Ernesto Silva, que  morreu em 2010, aos 95 anos , foi um dos diretores da Novacap, empresa que administrou a construção da capital, como conta João Carlos Amador, criador do projeto “Histórias de Brasília”.  O sistema foi pensando a partir de um grande hospital central, o hoje Hospital de Base, e 11  hospitais descentralizados, distritais, que seriam projetados para atender cerca de 40 mil pessoas cada um, além de 6 hospitais rurais nos povoados mais afastados do centro da capital.Esse sistema inovador e pioneiro, trouxe para a população acesso a universal e gratuito à saúde, como explica a professora e pesquisadora da Universidade Católica de Brasília, Leila Gottems.                                  Ainda na construção de Brasília, foi inaugurada em 1956 a primeira instituição de saúde, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, na Cidade Livre, hoje  Núcleo Bandeirante.  João Carlos Amador explica que a estrutura prestava assistência aos candangos.Mas, com a construção do Hospital de Base, poucos meses após a inauguração da capital, o antigo hospital no Núcleo Bandeirante foi sendo deixado de lado. O prédio de madeira, que abrigou o hospital até 1974, continua preservado como Museu Vivo da História Candanga e conta um pouco do nascimento de Brasília.O Hospital de Base é um dos poucos legados do plano original de saúde da capital, que pouco foi seguido. O hospital continua sendo o maior do SUS no Distrito Federal,  uma estrutura essencial para a saúde do brasiliense, com mais de 600 mil atendimentos por ano. 

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