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Ipea projeta queda do PIB de acordo com tempo de isolamento social necessário no país

O Produto Interno Bruto brasileiro pode ter uma retração de até 1,8% este ano, caso o país precise manter medidas de isolamento para conter o coronavírus por mais três meses. A estimativa foi divulgada pelo Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, na sua carta de conjuntura, nesta segunda-feira.
Os especialistas também estimaram outros dois cenários. Caso a quarentena termine em abril, a queda do PIB deve ser de 0,4%. E, se ela se estender até o final de maio, a variação negativa deve ser de 0,9%.
Apesar de considerar que a retração será um fato diante do cenário grave que está impactando toda a economia mundial, o Ipea também avalia que a recuperação brasileira após a superação da pandemia será rápida, e deve começar já no terceiro trimestre deste ano – caso as políticas econômicas de mitigação, realizadas pelo governo, sejam bem-sucedidas, especialmente para evitar demissões em massa.
No entanto, as demissões devem ocorrer, especialmente no setor de serviços, que já foi afetado pela crise desde o início. A aviação comercial de passageiros, por exemplo, já apresentou perda recente de 190% no faturamento. A indústria também deve sofrer grande impacto, porque em crises o consumo se retrai e a venda de produtos duráveis tende a cair bastante, reverberando na produção.
A exceção deve ser a indústria de produtos farmacêuticos. Já no comércio, devem se salvar da crise, e até mesmo apresentar crescimento, apenas o ramo das farmácias e dos supermercados.
A pandemia de coronavírus também não deve impactar a produção das principais commodities agropecuárias brasileiras, e o PIB do setor deve fechar 2020 com crescimento de 2,5%, mesmo que os choques negativos na economia em razão do novo coronavírus seja semelhantes à crise de 2008.
Na carta de conjuntura, o Ipea também revisou para baixo as suas projeções de inflação, e espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo encerre o ano com acumulo de 2,9%, e não mais de 3,3 %, abaixo do centro da meta, que é 4%. A trajetória de crescimento do dólar também deve arrefecer, com a moeda ficando abaixo de R$ 5.

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