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Movimento #ElasNoEstádio quer ampliar público feminino em jogos de futebol

Futebol é coisa de todo mundo! Mesmo que dentro das quatro linhas ou na arquibancada a feição masculina predomine no esporte.
Meninas e mulheres são minoria na plateia dos templos onde a arte do futebol se apresenta.
Em São Paulo, 16 clubes participantes do Paulistão 2020 e a Federação Paulista de Futebol se uniram em um movimento para ampliar a presença de mulheres nos jogos de futebol: o projeto #ElasNoEstádio.
Segundo a Federação Paulista, uma pesquisa do Data Folha apontou que ano passado apenas 14% do público que foi a jogos do Campeonato Paulista era feminino.
Levantamento divulgado pela Federação indica que o conceito de que o estádio não é local adequado para mulheres, a falta de companhia ou incentivo para frequentar os jogos estão entre os principais fatores para afastar o público feminino do futebol.
Todas as vezes que a paraense Cristiane Feio foi a um estádio, estava acompanhada do pai ou de amigos. Torcedora do Clube do Remo e apaixonada por futebol, há mais de três anos só assiste jogos pela TV. Entre as razões, o ambiente muito masculinizado, que ignora a presença de mulheres.
“Você vê homens fazendo xixi. Tem banheiro? Tem, mas a pessoa não vai lá. E a gente chega muito cedo no estádio. O jogo era 16h, eu tinha que chegar 13h30, 14h, para evitar o empurra-empurra. E ficava muito tempo esperando”.
No Paulistão o incentivo vai além da #ElasNoEstádio. Durante os jogos, haverá atendimento especial às mulheres nos estádios, para que possam relatar assédio, ofensas e violência.
O atendimento será feito, preferencialmente, por delegadas. Clubes vão incentivar coletivos e grupos femininos para que possam ir juntas aos estádios.
A servidora pública Rita Franco sempre gostou de futebol e achou importante a campanha. Rita participa do Movimento Toda Poderosa Corinthiana, e é frequentadora assídua de estádios. Para ela além da campanha é preciso mudar a mentalidade dos frequentadores.
“Não basta apenas aumentar o policiamento. É preciso aumentar também a conscientização dos torcedores. É preciso uma mudança interna. Numa reunião tem homens e mulheres, os homens resolvem ir para o estádio, levantam e não se preocupam em te perguntar se você também quer ir. Conheço muitos que dizem que estádio não é pra mulher. E lugar de mulher é onde ela quiser”.
Em Recife, Pernambuco, uma cartilha de combate ao assédio contra as mulheres nos estádios de futebol ilustra diversas atitudes machistas que devem ser evitadas pelos torcedores. Traz também informações bem-humoradas, como o “machismo não cabe nem na reserva” e que “mulher pode ir com a roupa que quiser pro estádio.&rdquo

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