China corta laços com os EUA em questões críticas — CMIO
Pequim cortou a comunicação com Washington em várias áreas em retaliação à viagem de Nancy Pelosi a Taiwan
A China decidiu cortar relações diplomáticas com os EUA em várias áreas militares e civis, anunciou o Ministério das Relações Exteriores na sexta-feira. A transferência de laços é a maneira de Pequim de retaliar a visita desta semana a Taiwan pela presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi.
O ministério divulgou uma lista de áreas em que não haverá mais comunicação entre autoridades chinesas e americanas. Inclui contatos militares no nível de comandante de teatro e conversações mais amplas de coordenação de políticas de defesa. Também estão suspensas as consultas sobre segurança marítima, cooperação sobre o repatriamento de migrantes ilegais, assistência jurídica em matéria penal, combate ao crime transnacional e tráfico de drogas e conversações sobre as alterações climáticas, de acordo com o comunicado.
Mais cedo na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China anunciou sanções pessoais a Pelosi e seus familiares imediatos.
Pelosi visitou Taiwan esta semana, apesar das repetidas objeções de Pequim. A ilha autogovernada é reivindicada como parte da China, com os EUA reconhecendo formalmente a política de Uma China desde a década de 1970.
Washington manteve laços informais com Taipei mesmo depois de mudar o reconhecimento diplomático para Pequim. Nos últimos anos, as administrações americanas subsequentes trataram cada vez mais o governo de Taiwan como representante de uma nação soberana. Pequim diz que Washington está deliberadamente minando o status quo e incentivando o separatismo em Taiwan.
Enquanto a Casa Branca tentava se distanciar de Pelosi, alegando que era sua decisão independente visitar Taiwan, autoridades em Pequim consideraram isso como parte de uma política percebida para minar sua reivindicação e ameaçaram consequências.
O Exército de Libertação Popular da China lançou grandes exercícios ao redor da ilha, que a mídia chinesa descreveu como um ensaio de um bloqueio total. Pequim também introduziu restrições comerciais a Taiwan.
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