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União Europeia deve aprender três lições 'balcânicas' na Ucrânia, diz Financial Times
Em seu “acesso de concentração excessiva” a União Europeia está perdendo sua hegemonia na Europa: o fortalecimento da integração dentro do bloco desviou tanto a atenção de Bruxelas que esta acabou por perder de vista os fracassos na periferia.
“A União Europeia não conseguirá resolver eficazmente a crise provocada pela operação especial russa na Ucrânia caso não seja capaz de reconsiderar sua ‘experiência balcânica'”, disse Krastev.
O colunista apelou a que sejam aprendidas “três lições balcânicas”. A primeira implica que a integração europeia pode transformar um Estado, mas não o pode criar, enquanto a própria União Europeia é uma tentativa de abandono dos Estados nacionais. O objetivo da União Europeia é construir Estados nacionais viáveis na periferia.
Krastev criticou Bruxelas por ter elaborado as constituições dos países dos Bálcãs com foco nos direitos das minorias e usou como exemplo os Países Bálticos, cuja legislação está concentrada nos direitos das maiorias.
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A segunda lição é que a desintegração dos antigos Estados comunistas levou a uma série de conflitos graves e duradouros, sendo a redução da população uma das principais consequências disso.
“Quanto mais o conflito na Ucrânia se prolongar, menos chances haverá para o retorno [à Ucrânia] dos refugiados”, avisou o colunista.
Ele também lembrou que em meio à crise na Bósnia e Herzegovina cerca de 40% da população abandonou o país.
A terceira lição consta do fato de os europeus perderem o interesse em relação a um território em que haja um conflito logo que este acabe.
“Não se fazem heróis ao longo da reconstrução, e esse processo não provoca emoções fortes”, acrescentou o analista, lembrando que dos 27 países-membros da União Europeia cinco ainda não reconheceram a independência do Kosovo.
Desde 24 de fevereiro a Rússia tem conduzido uma operação especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, o objetivo da operação é “defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev”.

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