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Com 10 candidatos de primeiro escalão, Lapas perde o controle

Editorial – Vista por alguns observadores políticos como uma ‘análise surreal’ da política, há cerca de 30 dias um conhecido jornalista da cidade sugeria que Jorge Lapas –prefeito de Osasco- poderia deixar o PT.

No entanto, distante de surreal, essa possibilidade é bem cotada em alguns cenários.

As últimas pesquisas internas de intenção de voto (incluindo uma sondagem espontânea) evidenciaram o colapso do governo local. Os números são derradeiros; Pouco mais de 10% dos votantes teriam Jorge Lapas como primeira opção. Tecnicamente, Lapas empata com Francisco Rossi (que foi prefeito há mais de 20 anos e não disputa desde 2008).

Celso Giglio (PSDB) apareceu próximo dos 30%. Outros nomes figuravam embolados entre 1% e 5%. 

Tais pesquisas eleitorais (ao todo, três) foram solicitadas entre Maio e Junho de 2015 por grupos políticos; E foram tratadas como confidenciais por seus contratantes, portanto, apenas os dados com confirmação estão publicados neste texto.

A título de ‘false-flag’ (termo adotado em guerras para simular ações dos adversários) diversos dados conflitantes foram jogados ao vento na última semana. O temor do Governo Lapas era o vazamento do índice de rejeição do prefeito (cerca de 40% em pesquisa de Maio).

Historicamente, qualquer candidato que ultrapasse a marca dos 40% de rejeição conseguiu ao máximo chegar no segundo turno. Isso, é claro, com muita sorte.

Lapas tem como principal problema o número de candidatos do primeiro escalão. São, ao todo, mais de 10 nomes ‘empoderados’ em secretarias que desejam disputar uma vaga na Câmara de Osasco em 2016.

Tecnicamente, isso por si só inviabiliza o governo; uma vez que candidatos em posição de decisão permanecem em um mesmo time, digladiam-se em busca de maior espaço entre os funcionários públicos, nas pautas e até nas agendas. Tudo isso são brigas internas pela máquina pública.

Alguns dos atuais vereadores da cidade parecem não notar o tamanho do problema que enfrentarão; Uma dezena de candidaturas fortes disputarão o funcionalismo público de Osasco, parte dessas candidaturas já estão encorpadas também fora desse espectro.

Ainda que aumentem as cadeiras do legislativo para 25, terão de concorrer contra 10 mangas-largas e contra um sentimento de renovação cada vez mais forte na população. Ainda assim, vários desses vereadores votam com o governo sem sequer notar seu próprio enfraquecimento.

Se a mudança de partido de Lapas parecia surreal, tornou-se surreal sua permanência em tais condições. Ou muda parte do secretariado, ou seu governo será o maior fiasco desde Silas Bortolosso.

No piloto automático, o governo segue.

 

Editorial PlanetaOsasco.com – Jornalismo independente  /  CMIO – Conselho de Mídia Independente de Osasco

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Gabriel Martiniano

Jornalista profissional, fundador da Ticketbras e cidadão de Osasco

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