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Museu Nacional adianta projetos para avançar durante pandemia

Com as obras de restauração e o resgate de peças paralisados pelas medidas de isolamento social, o Museu Nacional tem se concentrado na elaboração de projetos para continuar a recuperação em meio à pandemia de coronavírus. Em uma transmissão ao vivo realizada hoje (28) no perfil do museu no Instagram, o diretor Alexander Kellner avaliou que é “impossível negar” que a pandemia terá um impacto no cronograma das ações para a reconstrução do palácio Paço de São Cristóvão, destruído por um incêndio em setembro de 2018.
“Certamente, há uma influência da pandemia, mas os projetos estão andando. Realizo quatro ou cinco reuniões virtuais por dia”, afirmou ele, que resumiu: “Estamos trabalhando naquilo que podemos adiantar, que é a fase de projetos.”
O paleontólogo cita como exemplo a primeira etapa de restauração e reabilitação do conjunto paisagístico do palácio, com a recuperação dos ornatos, nas salas nobres prédio. O trabalho estava previsto para começar em abril e foi suspenso. As estátuas das musas, que ficam no alto do palácio, também seriam recuperadas nessa etapa.

Ornatos da sala nobre do prédio do Museu Nacional que serão recuperados na primeira etapa das obras do museu – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em respeito às medidas de isolamento social, o trabalho de resgate de peças que ainda estão no interior do palácio foi suspenso em março.
Desde a estabilização das fachadas, pesquisadores da instituição vasculham os escombros em busca de partes do acervo que possam ter sobrevivido às chamas e ao desabamento dos três andares do prédio, que já foi usado como moradia pela família imperial brasileira no século 19, e abrigava importantes coleções científicas e históricas.
“O trabalho de resgate está chegando ao fim. Resgatamos milhares de exemplares, algo que agora precisamos atuar para restaurar”, disse Kellner, que destacou materiais arqueológicos e paleontológicos como alguns dos que foram salvos.
O diretor do Museu Nacional agradeceu ao apoio que recebeu de diversas instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o governo da Alemanha, a Fundação Vale e o Serviço Social do Comércio (Sesc). Keller adiantou que uma de suas prioridades é incluir na estrutura do novo Museu Nacional um centro educacional para receber estudantes, público que passava dos 20 mil por ano.

Abertura da exposição Índios: Os Primeiros Brasileiros, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. As imagens e documentos expostos permitem que o público viaje pela história do Brasil e dos povos indígenas. – Valter Campanato/Agência Brasil

O Museu Nacional também pretende dialogar com lideranças indígenas para chegar à melhor maneira de trabalhar um material de povos tradicionais brasileiros que voltará ao país a partir de uma doação prometida por um museu da Áustria.

Abertura da exposição Índios: Os Primeiros Brasileiros, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. As imagens e documentos expostos permitem que o público viaje pela história do Brasil e dos povos indígenas. – Valter Campanato/Agência Brasil

Em relação à reconstrução do palácio, Kellner conta que trabalha neste momento com a ideia de restaurar por completo as fachadas e telhados, respeitando o projeto arquitetônico original e utilizando materiais mais resistentes e seguros. Internamente, a proposta será manter um bloco histórico na parte da frente do palácio, que contaria a história do império, e modernizar o projeto arquitetônico em outras partes internas.
“Internamente, a ideia é fazer um museu moderno”, disse ele, que lembrou a amplitude do incêndio. “Infelizmente, não existe um local sequer do palácio que não tenha sido afetado. Não tem nenhuma sala que não pegou fogo. Isso fez com que todos os andares colapsassem.&rdquo

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