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Ex-secretário de Saúde acusado de fraudes na gestão, Edmar Santos é preso no Rio

O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, foi preso nesta sexta-feira (10) em uma operação do Ministério Público Estadual, que o acusa de fraudes na gestão da pasta. À frente da secretaria desde o início do governo Witzel e responsável pelas primeiras ações de enfrentamento à pandemia no estado, ele estava em casa, no bairro de Botafogo, na zona sul da capital.

A prisão é um novo desdobramento da operação Mercadores do Caos, que também cumpre mandados de busca e apreensão em outra residência do ex secretário, em Itaipava, na Região Serrana.

Segundo o Ministério Público, além do ex-subsecretário executivo Gabriell Neves, já preso na primeira fase da operação, Edmar Santos também comandava o esquema de desvio de recursos em contratos de compra de respiradores pulmonares, em caráter emergencial, para atendimento de pacientes com a Covid-19.

Os promotores alegam que mesmo após a prisão de seu subordinado, Edmar Santos, que ainda continuou na pasta por algumas semanas até ser exonerado, em 28 de maio, perpetuou as fraudes, já que os equipamentos nunca foram entregues à população.

Todos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital. O MPRJ obteve na Justiça autorização para acesso e extração do conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, como telefones celulares, computadores e pen drives e para o arresto de bens e valores de Edmar Santos, até o limite de R$ 36.922.920,00.

Essa quantia seria o equivalente aos recursos públicos desviados em três contratos fraudados para a aquisição dos ventiladores. O governo do Estado antecipou para três empresas o valor de R$ 36 milhões referente aos equipamentos que não chegaram.

O ex secretário vai responder pelos crimes de organização criminosa e peculato.  Para o Ministério Público, a prisão é necessária diante da influencia política de Edmar Santos, uma vez que houve uma tentativa de nomeá-lo para outra função de confiança dentro do atual governo.

Na ocasião, depois de ser exonerado, Witzel chegou a nomeá-lo secretário extraordinário, mas foi barrado por meio de uma liminar. Para os promotores, em liberdade, Edmar poderia adotar condutas para dificultar mais o rastreamento das verbas públicas desviadas.

Além de Gabriell Neves, preso na primeira fase da Mercadores do Caos, em maio, também já foram presos em outras fases da operação o ex ordenador de despesas da Secretaria de Saúde, Carlos Frederico Duboc e empresários que teriam participado do esquema.

A defesa do ex secretário Edmar Santos ainda não foi localizada para se pronunciar sobre a prisão.

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