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Museu de Belas Artes, no Rio, inicia obras de restauração do prédio

Começou a instalação dos andaimes e a realização de testes laboratoriais para realização da primeira etapa da reforma do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), situado no centro histórico do Rio de Janeiro. O espaço cultural é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em entrevista à Agência Brasil, a diretora do museu, Mônica Xexéo, relatou que o projeto foi aprovado em julho do ano passado em edital do Fundo de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O contrato com a empresa Concrejato, vencedora da licitação para realização das obras, foi assinado em dezembro de 2019. Em janeiro deste ano, houve a mobilização para obtenção da licença da prefeitura e os tapumes foram colocados no entorno do equipamento em fevereiro, englobando as ruas México e Heitor de Melo e parte da Avenida Rio Branco.
A primeira etapa das obras envolverá a restauração das fachadas, das cúpulas e terraços e a instalação dos sistemas de detecção e combate a incêndio e pânico, além da modernização da parte elétrica. Mônica informou que será aumentada a questão das caixas de passagem, cisternas e hidrantes e será instalado um para-raio, atendendo a exigência do Corpo de Bombeiros. “Só conseguimos nos qualificar [no edital] porque já tínhamos os projetos feitos desde 2013, nos preparando para buscar recursos”, salientou a diretora do MNBA.
A reforma do prédio centenário, erguido em 1937, acontecerá em três etapas, prevendo-se a conclusão em 2022, quando ele será “devolvido à sociedade com o prédio todo requalificado. São ações casadas”, disse Mônica. O prédio foi construído inicialmente para ser uma escola e sofreu adaptações para se transformar em museu. Na segunda fase da reforma, que a diretora pretende contratar este ano, será realizada a climatização do prédio e a decapagem do hall de entrada, que tinha muitas pinturas nas paredes que foram escondidas em meados do século 20, quando esses espaços foram pintados. A terceira etapa envolve a modernização dos dois auditórios do MNBA.

Mônica Xexéo disse que os recursos liberados pelo FDD somam R$ 25,8 milhões, mas a licitação reduziu os gastos da primeira etapa da reforma para R$ 14,8 milhões. “Com o saldo de R$ 10 milhões eu já faço a segunda etapa”, sustentou. A expectativa é que o MNBA entre em 2020 em novo edital do FDD ou de outros patrocinadores para completar os recursos. O projeto de restauração do prédio tem orçamento global de R$ 40 milhões. “Todos esses recursos vão aprimorando o museu para uma tecnologia contemporânea”. Mônica destacou ainda que as obras vão gerar entre 450 e 500 empregos diretos e indiretos.
O gestor da obra, o arquiteto Alexandre Vidal, da Concrejato, salientou que foi preciso mobilizar uma equipe especializada para restabelecer a ambiência arquitetônica de um espaço que se encontra em funcionamento, embora com redução do número de exposições.

“Estamos trabalhando com um museu que está com as portas abertas para o público, o que vai nos obrigar a criar proteções e logísticas especiais para amenizar o impacto da obra na rotina”, observou Vidal.

Mônica Xexéo destacou que a Concrejato, ganhadora da licitação, tem ampla experiência no setor de recuperação de estruturas e restauro de patrimônios históricos e arquitetônicos no país. A Concrejato tem 13 obras de restauro em andamento por todo o Brasil, como o Museu do Ipiranga e o Farol Santander, em São Paulo; e o Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.

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