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Polícia e MPRJ investigam morte de 2 jornalistas e 5 jovens em Maricá

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, cumpriu, nesta sexta-feira (20), 39 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a uma milícia que age no município de Maricá, região metropolitana do Rio. Na operação, foram apreendidos cerca de R$ 20 mil, dois veículos, uma arma de fogo, além de celulares, pen drives e documentos que serão analisados pela polícia técnica.
Os mandados são decorrentes de dois inquéritos, sobre a chacina de cinco jovens em um condomínio de Maricá, em 25 de março do ano passado, e o assassinato de dois jornalistas, neste ano, no município. O grupo é investigado por homicídio e organização criminosa.
Segundo as investigações da delegacia especializada, parte da quadrilha participou diretamente da execução dos jovens e do jornalista. O grupo também é investigado pelos assassinatos do jornalista Romário da Silva Barros, em 18 de junho deste ano, e do vereador Ismael Breve e do filho dele, Thiago Marins, dentro de casa, em 22 de agosto. Todos os crimes aconteceram em Maricá.
O jornalista Romário da Silva Barros fundou o site Lei Seca Maricá, que dava informações sobre as condições do trânsito na cidade e na rodovia RJ-104, que dá acesso à cidade. Romário voltava de uma caminhada com um amigo quando foi morto com quatro tiros à queima-roupa, por um homem que estava no banco do carona de um carro. No local do crime, a perícia técnica não encontrou cápsulas deflagradas, o que leva a hipótese de que os disparos tenham sido feitos de revólver, uma vez que cápsulas desse tipo de arma ficam acondicionadas no tambor após os disparos.
Romário foi o segundo jornalista assassinado em Maricá, neste ano, em menos de um mês. Na noite do dia 25 de maio, Robson Giorno, do jornal O Maricá, foi morto a tiros, disparados por um homem encapuzado, quando o repórter saia de casa.
Também participaram da ação de hoje as corregedorias das polícias Civil e Militar, já que há um policial civil e cinco militares entre os investigados.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que a corporação atua em parceria com a Secretaria de Estado de Polícia Civil e com o Ministério Público estadual no combate às facções criminosas identificadas como milícias.
Essa parceria se expressa tanto no emprego de unidades operacionais para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, como na mobilização da Corregedoria da Corporação em investigações caso haja qualquer indício de participação de policiais militares nessas organizações criminosas.
A nota da corporação diz que “ainda em relação ao combate às milícias, em breve será anunciada a criação de uma nova Delegacia de Polícia Judiciária Militar, subordinada à Corregedoria, para atuar especificamente nessa área”.
Matéria atualizada às 19h23 para acréscimo de nota da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro

Edição: Nádia Franco

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