Tesourinhas e Agulhinhas conectam as ruas de Brasília às quadras comerciais
Brasília foi pensada para que, além da área administrativa, as pessoas pudessem circular livremente entre comércio e residências. E que esse deslocamento fosse rápido.
Então, quando alguém entra ou sai do Eixão ou do Eixinho, usa dois dos nossos patrimônios para chegar aos blocos comerciais das superquadras.
Que patrimônios são esses?
As tesourinhas e agulhinhas.
Isso evita que a cidade tenha ainda mais semáforos.
Tudo bem que, dependendo do horário, a gente gasta um bom tempo nesses acessos, mas com paciência e educação o trânsito flui muito melhor.
Nas superquadras que formam o Plano Piloto, os comércios se organizam em ruas – e dão nomes a elas. Nas 100 e nas 200, que ficam mais perto do Eixão – as 100 para cima, a oeste, e as 200 para baixo, a leste -, o comércio se organiza da ímpar para a par. Por exemplo: as comerciais da 103/104 Sul ou da 215/216 Norte.
Nas quadras de trás, as 300 – a oeste, para cima – e as 400 – a leste, para baixo -, a ordem muda e a contagem é da par para a ímpar.
Por isso, temos os comércios da 306/307 Norte e da 412/413 Sul. Essa organização faz com que o comércio mais próximo esteja sempre perto, na ponta da quadra residencial.
Com o tempo, algumas comerciais começaram a reunir um grande conjunto de lojas semelhantes e se tornaram quadras temáticas.
A 207/208 Norte é a Quadra da Informática. A 101 e a 301 Sul formam a Quadra das Farmácias. Na 314/315 Norte, tem salão de cabeleireiro para todos os gostos.
A 404/405 Sul é a Quadra dos Restaurantes. E a 308/309 Sul, a quadra das torcidas de futebol.
É claro que existem lojas de computador, drogarias, salões, restaurantes e roupas esportivas em outras quadras comerciais, mas essas são as nossas referências.
