Polícia ouve apontado como responsável por obra que desabou no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou e conduziu para prestar depoimento um homem apontado como responsável pela construção do prédio de quatro andares que desabou em Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade.
O desmoronamento, na madrugada dessa quinta-feira (3), deixou dois mortos. Uma criança de apenas dois anos e o pai dela foram retirados sem vida dos escombros. A mãe da menina foi resgatada e levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Além dela, outros três feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo informações preliminares, o imóvel foi construído há mais de 20 anos por pessoas que moravam no local.
Além de instaurar inquérito, a Polícia Civil também criou uma força-tarefa com agentes de diferentes delegacias para apurar as circunstâncias do desabamento e o possível envolvimento de grupos milicianos em construções irregulares na região.
As primeiras diligências já foram realizadas pela delegacia da Taquara, que requisitou perícia técnica no local.
Equipes de quatro quartéis do Corpo de Bombeiros atuaram ao longo de todo o resgate com a ajuda de cães farejadores. Para evitar uma tragédia maior, ao menos quatro prédios que ficam próximos ao que desabou foram interditados pela Defesa Civil.
A Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou que a construção era irregular. Nesta sexta-feira (4), durante a divulgação de mais um Boletim epidemiológico sobre a covid-19 no município, o prefeito Eduardo Paes voltou a falar sobre o assunto. E garantiu que sua gestão vai continuar agindo para impedir que novos prédios sejam construídos de maneira irregular.
A comunidade de Rio das Pedras fica próxima da Muzema, onde uma tragédia semelhante aconteceu em abril de 2019. Na ocasião, dois edifícios desabaram, deixando 24 mortos.
