Detentos de São Paulo vão produzir máscaras de proteção contra o coronavírus
Os detentos do sistema prisional de São Paulo começam a produzir as máscaras a partir desta quarta-feira (25), e a previsão é de que fabriquem 320 mil unidades do item de proteção, uma média de 26 mil por dia.
O custo unitário informado pelo governo é de R$ 0,80, e deverão seguir as normas da vigilância sanitária.
A decisão vem junto com a confirmação do primeiro caso de coronavírus no sistema prisional paulista. Um servidor do setor administrativo do centro de detenção provisória de Praia Grande, na Baixada Santista, foi diaganosticado com Covid-19. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, ele cumpre isolamento domiciliar e não ingressou mais no sistema desde sábado, quando começou a cumprir a quarentena.
O sistema prisional de São Paulo é o maior do país, com 176 unidades prisionais. Desde a última sexta feira, o governo proibiu a entrada de visitas no sistema. Dias antes, foram registradas rebeliões em pelo menos quatro unidades penitenciárias, em protesto contra a restrição de visitas.
Outra medida anunciada pelo governador foi a ampliação dos serviços prestados pelo sistema de delegacia eletrônica da Polícia Civil. Quase todas as ocorrências vão poder ser registadas pela internet. Só ficam de fora os crimes graves, como violência doméstica, morte ou desaparecimento de pessoas, estupro, roubos ou flagrantes.
O governador também nomeou a diretora da Vigilância Epidemiológica do estado, Helana Sato, para assumir o lugar do médico David Uip, na coordenação do Centro de Contingenciamento do Coronavírus. Nessa terça-feira, o infectologista testou positivo para a Covid-19, e agora cumpre isolamento. Depois do resultado, o governador e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, também fizeram os testes e tiveram resultado negativo.
Os resultados dos exames foram publicados pelos dois nas redes sociais.