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Ministério divulga protocolo de uso da cloroquina contra Covid-19, mas adverte que faltam estudos

Depois de pedidos de apoiadores e defesa do próprio presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (20), o protocolo para uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no Sistema Único de Saúde (SUS), até em casos leves da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.

Segundo o documento, a substância deve ser administrada junto com outras, a depender do nível de gravidade dos sintomas e da quantidade de dias em que o paciente está sintomático. No entanto, o protocolo destaca que, apesar de já utilizada e com eficácia em alguns casos, ainda não há estudos suficientes que “comprovem o benefício dessa medicação para o tratamento da covid-19”.

Dessa forma, o Ministério da Saúde deixa a decisão de prescrever, ou não, na mão do médico, em acordo com o paciente, que deve assinar uma declaração de responsabilidade, caso aceite o tratamento com uma das duas substâncias.

Apesar de autorizar o uso da cloroquina no SUS, o Ministério da Saúde afirma que a medicação é contraindicada, em casos de gravidez, sensibilidade à substância e outras doenças prévias. No caso das crianças, a orientação é ministrar a hidroxicloroquina e não a cloroquina, pelo risco de intoxicação.

Também é preciso cuidado com a medicação em portadores de doenças cardíacas, hepáticas ou renais, e doenças mentais. Em pacientes graves, a orientação é observar a necessidade de utilizar anticoagulantes, para evitar o risco de trombose.

Junto com o novo protocolo, o Ministério da Saúde divulgou o “Termo de Ciência e Consentimento” para uso da cloroquina e hidroxicloroquina, que deve ser assinado pelo paciente diagnosticado com Covid-19 que aceitar o tratamento.

O termo de consentimento deixa claro que o paciente está ciente de que as substâncias podem causar “redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias, e alterações visuais por danos na retina” e até mesmo a morte.

O médico também deve assinar uma declaração de que explicou o propósito, os benefícios, os riscos e as alternativas ao tratamento. Apesar do protocolo do Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Medicina já havia emitido portaria em que autoriza os profissionais da medicina a utilizarem os medicamentos, desde que em acordo com o paciente. Mas o CFM, ao autorizar, explica que não recomenda o uso, pela ausência de estudos conclusivos.

Após a divulgação do protocolo, o presidente Jair Bolsonaro publicou, nas redes sociais que, apesar de não haver comprovação científica, o medicamento vem sendo monitorado e usado no Brasil e no mundo.

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