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Indígenas do RJ recorrem a tradições religiosas para vencer a pandemia

O cântico pede que todos juntos se fortaleçam, e neste momento de pandemia do novo coronavírus tem sido entoado muitas vezes nas aldeias Guarani e Pataxó do estado do Rio de Janeiro, onde vivem quase mil indígenas. A Covid-19 já contaminou cerca de 100 das aldeias de Angra dos Reis e Paraty, no sul do estado. O caso mais grave é do cacique Domingos Venites, da aldeia Sapukai, a maior do estado, com aproximadamente  450 indígenas. Ele está internado na UTI da Santa Casa, em Angra, onde a pajelança foi permitida pela equipe médica, já que o pajé é o médico oficial deles.

A médica Carmem Vieira de Moraes, responsável pelo posto de atendimento de saúde da aldeia Sapukai, afirma que para os indígenas é ainda mais difícil a adaptação a novos hábitos para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, como o uso de máscaras e a constante higienização das mãos, seja com água e sabão, seja com álcool em gel. Sem falar no uso de remédios da medicina tradicional. A médica alega que é importante manter as tradições.

O índigena Lúcas Venites, filho do cacique Domingos e presidente do Conselho de Saúde Indígena no estado do Rio de Janeiro, foi um dos 75 contaminados pela Covid-19 na aldeia Sapukai. Ele não precisou ser internado mas, ainda com dificuldade para respirar, diz que os chás ajudaram bastante.

Na semana passada, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do estado fizeram recomendações ao governo do Rio de Janeiro e prefeituras de Angra dos Reis e Paraty para que tomassem medidas de proteção aos povos tradicionais.

A Secretaria de Saúde de Angra dos Reis respondeu que desde o início da pandemia reforçou a atenção nas aldeias, medindo a temperatura dos indígenas e aplicando testes rápidos para a Covid-19.

A doutora Carmem salienta que todos os casos confirmados, incluindo os assintomáticos e os suspeitos, são acompanhados, e que os indígenas recebem uma medicação preventiva.

A prefeitura de Paraty informou que realiza, nas quatro aldeias do município, ações periódicas de bloqueio de casos suspeitos do novo coronavírus, e que a vacinação contra a gripe entre os indígenas superou a meta do governo do estado.

Já na aldeia Mata Verde Bonita, em Maricá, nenhum caso de Covid -19 foi registrado até agora. São 130 indígenas atravessando esses meses de quarentena com os portões da aldeia fechados. A indígena Suzana, admite que a rotina mudou.

Eles recebem diariamente a visita de uma equipe médica da prefeitura. Todos usam máscaras e aprenderam a usar o álcool em gel e lavar as mãos com mais frequência. Os testes para Covid deram negativo.

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