Força-tarefa no Rio vai acompanhar processos de compras emergenciais durante a pandemia
Depois de investigações envolvendo contratos de aquisição de respiradores, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio criou uma força-tarefa para acompanhar de perto todos os processos de compras emergenciais para o enfrentamento da Covid 19.
Na semana passada, uma operação do Ministério Público fluminense prendeu preventivamente investigados suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada para obter vantagens nos contratos com dispensa de licitação, entre eles o ex-subsecretário da pasta, Gabriell Carvalho.
O secretário de Saúde, Edmar Santos, afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (12) que as compras e quantidades tinham amparo na discussão técnica feita pela pasta, mas que não conhecia os pormenores dos contratos.
Segundo Santos, eles foram conduzidos pelo subsecretário sem passar pela área técnica, auditoria externa ou pelo jurídico da secretaria.
Desde que a denúncia veio a público o subsecretário Gabriell Carvalho foi afastado e depois exonerado do cargo. Dos 66 processos que estavam em andamento, 40 ainda sem contrato foram cancelados. Outros três envolvendo empresas fornecedoras de respiradores também foram anulados.
Segundo o secretário, a força-tarefa, com membros da pasta e também da Controladoria-Geral do estado,vai olhar os novos contratos com mais atenção.
Na coletiva o secretário também afirmou que o atraso na compra de respiradores não prejudicou as ações contra a pandemia no estado.
Segundo Edmar Santos, a perspectiva inicial de que todos os leitos do estado deveriam ser transformados em leitos de terapia intensiva não se confirmou, já que atualmente 65% dos pacientes que estão em fila de espera precisam de um leito de enfermaria. E que por isso a preocupação é abrir quantos leitos possíveis para tratar também de forma precoce esses pacientes.