Federação Paulista cria programa para formar lideranças femininas no futebol
O futebol feminino no Brasil tem conseguido avanços nas últimas décadas, de modalidade proibida há 40 anos atrás até sua popularização recente. Este ano, o Campeonato Brasileiro Feminino tem recorde de equipes profissionais.
Dos 16 clubes, 10 são profissionais. No entanto, há ainda muito espaço para elas avançarem, principalmente nos cargos de direção. Há ausência de mulheres nos cargos de dirigentes e treinadores, um retrato que fica ainda mais evidente no próprio Campeonato Brasileiro Feminino, em que somente dois dos 16 times têm técnicas mulheres.
É pensando em fomentar cada vez mais lideranças femininas que a Federação Paulista de Futebol está realizando, nesta segunda-feira, o primeiro programa para lideranças femininas no futebol.
A ex-jogadora da seleção brasileira Aline Pelegrino, atualmente coordenadora do programa de futebol feminino da Federação Paulista, falou que a falta de mulheres em cargos de direção no futebol é reflexo da sociedade, mas vê com otimismo os avanços que as mulheres têm conseguido.
“A gente tem menos mulheres em cargo de gestão, a gente tem mulheres recebendo menos para fazer a mesma função. Então isso infelizmente é o panorama que a gente hoje da sociedade. Se a gente sabe disso, a gente precisa mudar. A gente não ia olhar para a sociedade dessa forma e no futebol ver tudo diferente. Precisa mudar. A gente sofreu um atraso grande, estamos correndo contra o tempo. Não conseguimos tirar 40 anos em quatro anos, mas acho que estamos em um momento de transição”.
Outra iniciativa da Federação Paulista de Futebol em favor das mulheres ocorreu no começo do ano, com a campanha #elasnoestádio, que tinha o objetivo de melhorar a experiência de mulheres torcedoras nos estádios.
