Vacina de Oxford/AstraZeneca se mostra eficaz contra variante P.1.
A vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz, tem se mostrado eficaz contra a variante P.1, que se espalhou rapidamente pelo Brasil depois de ter sido detectada pela primeira vez em Manaus.
A avaliação é do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, a partir de estudos que indicam a efetividade da vacina “no mundo real”, após a aplicação em massa e não apenas nos voluntários dos testes clínicos. De acordo com Krieger, a própria configuração do imunizante oferece uma segurança extra, frente o surgimento dessas novas variantes.
Um estudo publicado nesta semana pela Fiocruz, em parceria com a Universidade de Oxford e outras instituições, indica que os anticorpos produzidos pela imunização reconhecem mais a variante britânica (B117) e menos a cepa sul-africana (B.1.351), que acumula um número maior de mutações. Já a mutação P.1, brasileira, fica em uma posição intermediária nessa escala.
No entanto, dados de outro estudo, publicado por uma universidade americana, mostram que a resposta imune celular, provocada pela vacina de Oxford, não se altera de forma significativa diante das variantes.