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Especialista dá dicas de convivência pacífica entre cães e crianças

Ter um cachorro no quintal de casa pode representar mais segurança, principalmente se ele for de grande porte. Mas alguns cuidados precisam ser tomados para o animal de estimação não virar uma dor de cabeça.
Nos últimos dias, dois acidentes chamaram a atenção. No município de Brumado, na Bahia, um cão da raça Pitbull escapou quando o dono abriu o portão da casa. Perseguido pelas ruas, o animal atacou um garoto de nove anos que estava a caminho da casa da avó. O menino teve ferimentos nos braços e no rosto.
Já em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, uma menina de quatro anos morreu depois de ser atacada, no quintal de casa, por um cachorro da raça Rottweiler. De acordo com familiares, a menina convivia diariamente com o cão há cerca de dois anos.
A presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Kellen Oliveira, dá dicas para uma convivência pacífica entre as crianças e os cães.
“É socializar esses animais com a criança e ensinar a respeitar o animal, respeitar o limite. Nada de ficar mexendo na comida do animal quando está comendo. Ele sente posse daquilo, da caminha dele, muitas vezes um brinquedo. O ataque é muito mais por uma proteção ou dele onde território, que aí incluem objetos também, do que por uma agressividade mesmo”, afirmou.
De acordo com a veterinária, o período de socialização entre o cão e as crianças deve ocorrer entre 21 a 90 dias de vida do animal. Ela alerta, ainda, para os sinais corporais que o cachorro demonstra antes de um possível ataque.
”Ele rosna, sai de perto, fixa o olhar, levanta orelha, arrepia os pelos. São todos sinais corporais de que o animal ele vai atacar a qualquer momento. Uma outra coisa, eles também atacam por medo então é aquele animal que abaixa a orelha, coloca o rabo entre as pernas e começa a baixar o corpo, mas, de repente, ele já ataca”, declarou.
Lindolfo Folha da Trindade, é morador da cidade de Taguatinga, no Distrito Federal. Ele afirma já ter criado vários cães da raça Pitbull e diz que o segredo para uma convivência harmoniosa entre animal de estimação e família é trata-lo sempre com carinho.
“Da mesma forma que você educa seus filhos, a mesma coisa você tem que fazer com o cão. Meus cachorros tinham duas horas, por dia, para eu cuidar deles, limpar carrapato, pentear, olhar a orelha, os dentes, tudo. Então o cachorro já cresce com amizade com o povo, dócil. A única coisa que você não deve fazer com um Pitbull é ensinar a atacar porque, se ensinar uma vez, ele não esquece nunca mais”, concluiu.
A veterinária Kellen Oliveira afirma que não existe uma raça de cães que seja mais perigosa que as demais. Segundo ela, tudo se resume à criação e aos cuidados necessários em cada tipo de situação.
* Com supervisão de Nádia Faggiani.

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