Destaques

Rio: prorrogadas inscrições para projeto Conexão Mata Atlântica

O Projeto Conexão Mata Atlântica, iniciativa do governo federal, conduzido no Rio de Janeiro pelas secretarias de Estado do Ambiente e da Agricultura, prorrogou até o dia 27 de março as inscrições para seu segundo edital, destinado a produtores rurais que desenvolvem ações de restauração florestal e conversão produtiva de áreas com baixa produtividade de pastagens ou degradadas para sistemas silvipastoris e agroflorestais. A data prevista anteriormente para término das inscrições era o dia 3 de fevereiro.
O projeto tem duração prevista de cinco anos e contempla seis microbacias do Rio Paraíba do Sul, principal manancial de abastecimento da Região Sudeste do país, localizadas nos municípios fluminenses de Italva, Cambuci, Varre-Sai e Porciúncula, na região noroeste do estado, e Valença e Barra do Piraí, no Médio Paraíba. Essas áreas são consideradas estratégicas para a manutenção dos fragmentos florestais de Mata Atlântica e dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
Segundo informou hoje (11) à Agência Brasil a coordenadora geral do Projeto Conexão Mata Atlântica no Rio de Janeiro, Marie Ikemoto, as áreas foram selecionadas devido à relevância em conservação da biodiversidade, proteção de mananciais, sequestro de carbono e, ainda, pelo aspecto de mobilização social, engajamento e organização comunitária. Marie é também gerente de Gestão do Território e Informações Geoespaciais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente.
Renda e qualidade
O primeiro edital, lançado em 2018, contratou 168 produtores rurais, dos quais 165 foram habilitados. Atualmente, 162 têm contrato assinado e em vigor. Esses proprietários totalizam área de mais de 2 mil hectares de floresta em pé, de reflorestamento e conversão produtiva. Marie explicou que os sistemas produtivos de base florestal geram renda e têm melhoria de qualidade ambiental associada à mudança de uso.
“Nós estamos falando de três práticas que são elegíveis para pagamento de serviços ambientais (PSA) e são boas para o meio ambiente. É conservar a floresta que já existe, é reflorestar principalmente em áreas de preservação permanente (margens dos rios, nascentes e encostas) e, em áreas produtivas, fazer incentivos para que eles adotem sistemas produtivos ambientalmente mais amigáveis, de base florestal”. Nesse edital, foi efetuado o pagamento de mais de R$1 milhão da primeira parcela de PSA.
Os recursos destinados ao Projeto Conexão Mata Atlântica como um todo somam R$ 6 milhões e são oriundos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), repassados por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os produtores rurais que quiserem aderir à chamada pública deste ano têm que comprovar a titularidade ou posse do terreno e a inscrição no Cadastro Ambiental Rural. A seleção dos habilitados atenderá a critérios técnicos, entre os quais a hierarquização, revelou a coordenadora geral.
PSA
O pagamento de serviço ambiental (PSA) é feito em parcelas anuais que variam de R$ 1,2 mil a R$ 20 mil para cada imóvel ou contrato. Marie Ikemoto explicou que como o projeto tem parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, ele trabalha não só o lado da conservação ou recuperação ambiental, mas busca trabalhar em conjunto o desenvolvimento rural sustentável. Com isso, o valor que o produtor recebe de PSA terá de ser destinado ao salto tecnológico que inclui inovação. “Ele vai receber esse recurso e aplicar na melhoria da propriedade ou do sistema de produção dele”, observou Marie.
No edital 2020, o foco são a restauração e conversão produtiva, porque a meta de conservação já foi alcançada na chamada pública anterior. Para estimular que os sistemas silvipastoris e agroflorestais sejam adotados no estado do Rio de Janeiro, o projeto oferece incentivo de até R$ 6 mil para custear o investimento inicial na implantação desses sistemas. “Com isso, a gente espera ter maior adesão nessas práticas e difundir também esses sistemas no estado para fortalecê-los”. O recurso varia de acordo com a ação proposta e o tamanho da área onde a ação será executada.
A meta do novo edital é contratar pelo menos 482 hectares de restauração florestal e 108 hectares de área de conversão produtiva (sistemas silvipastoril e agroflorestal). Até sua conclusão, prevista para 2022, o projeto pretende manter sob incentivos 1.773 hectares de floresta conservadas, meta já alcançada no primeiro edital, 750 hectares de restauração florestal e 150 hectares de conversão produtiva. A divulgação dos produtores selecionados vai depender do quantitativo de inscrições, disse Marie Ikemoto. O edital de seleção pública nº 006/2019 está disponível para consulta no site da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos.

Concorra a prêmios surpresas ao fazer parte de nossa newsletter GRATUITA!

Quando você se inscreve na nossa newsletter participa de todos os futuros sorteios (dos mais variados parceiros comerciais) do PlanetaOsasco. Seus dados não serão vendidos para terceiros.

PlanetaOsasco.com

planeta

O PlanetaOsasco existe desde 2008 e é o primeiro portal noticioso da história da cidade. É independente e aceita contribuições dos moradores de Osasco.

Artigos relacionados

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Botão Voltar ao topo
0
Queremos saber sua opinião sobre a matériax