Em um mês, o número de internações cresceu 110% no estado de São Paulo. Nessa segunda-feira (22), o estado tinha mais de 12 mil pacientes internados em regime de terapia intensiva. Praticamente o dobro de pacientes internados no momento mais crítico da primeira onda da pandemia do coronavírus.
Mas segundo o vice-governador do estado, Rodrigo Garcia, o Ministério da Saúde não está repassando os recursos para o custeio dos leitos para pacientes com covid. Por mês, são necessários R$ 245 milhões, segundo a secretaria estadual de saúde. Entre janeiro e março, o déficit chegaria a R$ 381 milhões.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que repassou R$ 127 milhões para o estado de São Paulo e que em março chegou a 2.712 leitos de UTI homologados no estado. Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União, desse total, 1.600 leitos foram homologados há menos de uma semana, no dia 18 de março.
Os níveis de estoques dos medicamentos usados para intubar pacientes que não conseguem respirar também preocupam.
Para tentar driblar uma possível falta, a secretaria de saúde está consultando as associações dos médicos intensivistas e dos anestesiologistas para elaborar um novo protocolo com uso de medicamentos alternativos. Mas a secretaria nega que estejam faltando medicamentos nesse momento.
São Paulo completou duas semanas na fase vermelha, a mais restritiva do plano que orienta o regime de quarentena no estado. Há uma semana, está na fase emergencial que, além das restrições, passou a adotar o toque de recolher. Apesar das medidas, o número de casos e de óbitos ainda não começaram a cair.
Em compensação, o número de municípios com 100% dos leitos de UTIs ocupados caiu de 71 para 61. Mas o nível de ocupação continua muito crítico, com mais de 91% dos leitos ocupados.
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