Sob críticas, reabertura é ampliada no DF a partir de 7 de julho; veja data e regras para cada setor
O Governo do Distrito Federal publicou, nessa quinta-feira, um decreto com cronograma para a reabertura de uma série de atividades que ainda estavam suspensas por causa da pandemia da Covid-19, inclusive as aulas presenciais.
Academias de esporte de todas as modalidades, salões de beleza, barbearias e centros estéticos estão autorizados a voltar a funcionar a partir da próxima terça-feira, dia 7.
No dia 15 de julho será a vez de bares e restaurantes abrirem as portas. Lembrando que parte do setor estava funcionando com serviço de delivery.
O decreto também prevê a volta às aulas presenciais. Primeiro, escolas, universidades e faculdades da rede privada reabrindo a partir de 27 de julho. Uma semana depois, 3 de agosto, será a vez da rede pública de ensino.
O GDF condicionou a reabertura ao cumprimento de protocolos e medidas de segurança. Algumas válidas para todos, como uso de máscara, distanciamento mínimo de dois metros, aferição de temperatura e a disponibilização de álcool em gel 70%.
Outras medidas são mais específicas. Nas academias estão proibidos o uso de chuveiro e aulas coletivas. Alteres, caneleiras, barras, colchonetes e máquinas terão que ser higienizados ao fim de cada utilização e antes do início das atividades. Uso de máscaras de proteção facial é obrigatório inclusive durante a prática dos exercícios.
Bares e restaurantes só podem funcionar com 50% da capacidade, com mesas distantes dois metros umas das outras e limite de seis pessoas. Música ao vivo segue proibida.
Nos salões de beleza, o atendimento será em regime de agendamento, e o horário de funcionamento, de acordo com o alvará de cada estabelecimento.
Diferente do que foi exigido para a reabertura dos shoppings, esses setores estão liberados da realização de testes da Covid-19 nos empregados.
As unidades de ensino têm o protocolo mais rígido do decreto. São 26 exigências ao todo. O retorno definitivo das aulas presenciais deve ser implementado de forma gradativa.
As turmas devem ser reorganizadas de modo a reduzir o número de estudantes em sala de aula com a alternância entre o ensino presencial e o mediado por tecnologias. Estudantes e professores que se enquadram no grupo de risco atuarão exclusivamente por meio de tecnologias.
Os profissionais da educação deverão ser testados para a Covid-19.
Eventos que exijam autorização do GDF, como os esportivos, inclusive campeonatos de qualquer modalidade, o funcionamento de boates e casas noturnas seguem proibidos.
O retorno às salas de cinema, teatro e outras atividades culturais também não tem data prevista. Mas se o evento ocorrer em estacionamentos, desde que as pessoas permaneçam dentro de seus veículos, está liberado.
A reabertura recebeu críticas por causa do avanço do coronavírus no Distrito Federal. Para o presidente do Conselho Regional de Medicina, Farid Buitrago, o sistema de saúde pode não comportar um aumento da demanda.
Segundo dados divulgados na noite desta segunda-feira, 631 pessoas morreram e mais 52 mil casos de Covid-19 foram confirmados na capital do Brasil.
Para o governador Ibaneis Rocha, a abertura da economia e das atividades escolares não é uma contradição com o recente decreto que declarou calamidade pública no DF. Ele acredita que todas as medidas de prevenção estão sendo tomadas para que a abertura ocorra com segurança.
No início da semana Ibaneis Rocha afirmou que na prática, grande parte da população já saiu do confinamento.