Quênia brilha na São Silvestre; ouça o relato de corredora do pelotão para a Nacional
A velocidade do Quênia marcou o pódio da 95ª Corrida de São Silvestre.
Entre as mulheres, quem venceu foi Brigid Kosgei, atual recordista mundial em maratonas, que liderou os 15 quilômetros da corrida.
Entre os homens, quem ficou em primeiro lugar foi Kibiwott Kandie, também do Quênia, com uma vitória impressionante, ao ultrapassar, praticamente na linha de chegada, o atleta de Uganda, que vinha liderando a prova, Jacob Kiplimo.
Mas a São silvestre é muito mais que pódio. Horas antes da largada, a vitória era da criatividade e da disposição. Mirian veio de Goiânia, vestida de Rainha de Copas só para brilhar.
Sonora: “Ah… São Silvestre é festa. A gente tem que vir brilhar aqui.”
Presença certa na São Silvestre é A Noiva, a personagem que o bancário Eliel traz para a corrida há 22 anos.
Sonora: “Eu sempre corri fantasiado. De Super Homem. Várias fantasias. Daí, há cerca de 22 anos, eu pensei: vou escolher uma fantasia com que, nunca, ninguém correu. Daí, surgiu A Noiva.”
Já a contabilista Isa Martim, de 47 anos, está na terceira São Silvestre e topou levar os ouvintes da Rádio Nacional à corrida. Para ela, a largada aconteceu às 8h, mas com 35 mil dividindo a mesma pista, tudo começa com uma caminhada.
Sonora: “Até passar a linha de largada mesmo, vai demorar um pouquinho. Mas é uma emoção que você não é capaz de imaginar. Eu arrepio.”
Quase um quilômetro depois…
Sonora: “Agora sim, eu tô correndo. Agora sim, já deu a largada.”
Aos 6 quilômetros, o trecho mais difícil pra ela.
Sonora: “O quilômetro 6, pra mim, essa é parte pior da São Silvestre. E tá um calor. Mas ó, tá um calor, e o melhor, ela tá gelada.”
E, aos 12, o trecho mais temido por todos. Os 2 km de subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Sonora: “E, agora, aqui a tão temida brigadeiro. Começar a subir a brigadeiro agora.”
E, aí, de volta à Avenida Paulista, uma vitória que não precisa de pódio para ser comemorada.
Sonora: “Aê.. Cheguei… Mais uma…. Sofrido. Mas tô passando aqui na linha de chegada. Uhhhh….. Tô acabada, suada, molhada, descabelada, mas feliz.”
Feliz 2020, Isa. E para todos os atletas que enfrentaram as maratonas cotidianas do ano que termina.
* Com a colaboração vitoriosa de Isa Martim.
