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Cedae retoma distribuição de água na Estação do Guandu

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) retomou, por volta das 9h de hoje (4), a produção de água tratada na Estação de Tratamento de Águas do Guandu, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. A interrupção do serviço foi anunciada no fim da tarde de ontem (3), após a companhia identificar a presença de grande volume de surfactantes (detergentes) na água bruta que chega à estação de tratamento. De acordo com a Cedae, “a reabertura das comportas do canal principal da estação ocorreu após técnicos da companhia constatarem que não há risco à operação”.
Com a interrupção, moradores de vários bairros das zonas norte e oeste da cidade não estavam recebendo água. A Cedae informou que, por motivos de segurança operacional, o abastecimento foi retomado de forma gradativa, mas que em alguns locais, como ruas em lugares altos, pode levar até 72 horas para se restabelecer completamente.
A Cedae reiterou, em nota, que “a qualidade da água não foi afetada”. “Isso porque, assim que foi identificada a presença de detergentes, a companhia acionou o protocolo de segurança e interrompeu a operação da estação, para não comprometer o tratamento”, diz o comunicado.
Ainda conforme a companhia, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foram informados do fato para iniciarem os respectivos procedimentos.
Hoje (4), no início da manhã, técnicos do Inea e agentes da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) da Polícia Civil do Rio de Janeiro foram à Estação de Tratamento do Guandu para recolher amostras da água para avaliação da sua qualidade e da quantidade de detergentes. De acordo com a delegacia, dependendo do resultado das análises “poderá ser apurada eventual responsabilidade nas alterações das condições de consumo da água na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro”.

A decisão de fechar ontem as comportas da entrada do canal principal da estação foi da Diretoria de Saneamento e Grande Produção da Cedae, para garantir a segurança hídrica das regiões atendidas pelo sistema Guandu, após a identificação, por meio de análise laboratorial, da presença de detergentes na água bruta que chega à Estação de Tratamento de Água do Guandu.
De acordo com a Cedae, o material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na região metropolitana do Rio de Janeiro desde a noite de domingo (2). Em nota divulgada após a decisão, a empresa garantiu a permanência de técnicos “monitorando a captação de água até que a concentração destas substâncias não represente risco à operação da estação”.
A Agenersa disse que desde o início da noite de ontem (3), quando foi comunicada, acompanha os procedimentos da Cedae, conforme determina o Manual de Procedimento Operacional na Comunicação de Acidentes/Incidentes Relacionados aos Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário da Cedae.
A agência reguladora informou que ficou sabendo da interrupção por meio de informes dos técnicos da companhia, e que tão logo recebeu os comunicados, determinou que a Cedae avisasse, imediatamente, à população os motivos que levaram ao fechamento das comportas. “A Cedae teve ainda que notificar autoridades envolvidas e os prefeitos dos municípios da área de atuação, sobre provável desabastecimento”.
Segundo a agência, por se tratar de detecção da presença de detergentes na água bruta, o Inea é o órgão que está investigando a origem da alta concentração do produto na captação da ETA Guandu, que é responsável por aproximadamente 80% do abastecimento da região metropolitana.
* Matéria alterada às 12h35 para acrescentar informações

Edição: Fernando Fraga

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