Defesa de Flordelis entra com habeas corpus para evitar prisão
A defesa de Flordelis dos Santos Souza, que teve o mandato de deputada cassado pela Câmara Federal por conduta incompatível com o decoro parlamentar, entrou com pedido de habeas corpus para que ela não seja presa. Flordelis foi cassada, nessa quarta-feira (11), por 437 votos a sete, e 12 abstenções, em decisão já publicada no Diário da Câmara.
A pastora e agora ex-parlamentar, é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato com diversos tiros do marido, o também pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela responde por homicídio triplamente qualificado. Por ser deputada, até ontem não tinha sido presa.
Antes da votação, no Plenário da Câmara, a defesa apelou aos parlamentares para que aplicassem a pena mais branda, de suspensão do mandato, mas sem hesito. Em seu último discurso, Flordelis se defendeu das acusações e afirmou ser vítima de injustiça.
Logo após o anúncio do resultado, o advogado Ângelo Máximo, que representa a família de Anderson do Carmo, pediu à justiça do Rio de Janeiro a prisão de Flordelis.
O advogado argumenta que a prisão se justifica tendo em vista que Flordelis não tem mais a imunidade parlamentar.
A Segunda Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio ainda vai analisar este pedido e o habeas corpus solicitado pela defesa de Flordelis.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da ex-deputada em Brasília, e foi orientada a buscar assessores de Flordelis no Rio. Nós fizemos este contato, mas não conseguimos retorno até o fechamento da matéria.
