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Cerca de 41% da população adulta de São Paulo contraiu o coronavírus

Pelo menos 3,5 milhões de pessoas na cidade de São Paulo já contraíram o coronavírus. Isso corresponde a 41,6% da população adulta que mora na capital.
O número está na sexta fase do estudo Soroepi, um inquérito sorológico que tem feito uma série de levantamentos para mostrar os níveis de infecção pelo Sars-Cov-2 na cidade ao longo da pandemia.
A pesquisa foi realizada entre os dias 22 de abril e 1º de maio e mostra um aumento de mais de 40% no número de infectados em relação ao levantamento anterior, feito entre janeiro e abril.
Naquela época, a taxa de infecção estava em 30%. Ou seja, em três meses, cerca de um milhão de pessoas foram infectadas. O período corresponde ao da segunda onda da pandemia na cidade.
O crescimento foi maior entre as pessoas com idade entre 35 e 44 anos. A prevalência nessa faixa etária é quase 1,5 maior que entre as pessoas acima de 60 anos.
Mas o coronavírus continua atingindo principalmente os mais pobres, os negros e as pessoas de menor escolaridade.
Pessoas que chegaram ao ensino fundamental tem quase 80% mais casos que as pessoas com nível superior completo: 45% contra 25%.
E entre as pessoas que se declaram pretas ou pardas, a infecção é cerca de 40% maior que as brancas: 48% versus 35%.
Nos bairros mais pobres, o nível de infecção é quase um terço maior que nos bairros mais ricos: 36% contra 47%.
No período da coleta dos dados cerca de 16% das pessoas já tinham sido vacinadas. Só quatro a cada dez pessoas vacinadas já tinham contraído o coronavírus, ou seja, já tinha algum tipo de imunidade.
Para um dos autores da pesquisa, Fernando Reinach, isso significa que estamos perdendo a corrida para o vírus.
O estudo foi divulgado no mesmo dia em que o governo do estado anunciou para o dia 1º de junho uma nova flexibilização nas regras de isolamento, quando todo o comércio vai poder voltar a funcionar até às 22h e com 60% da capacidade.
A decisão vem em um momento em que cai o número de mortes, mas volta a crescer o número de casos novos no estado. Para o infectologista Celso Granato, a medida é arriscada.
O estudo analisou 1.187 amostras de sangue entre pessoas que moravam em 160 setores censitários da capital paulista.

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