Destaques

STJ suspende processo que pedia intervenção da Fundação Renova

O Superior Tribunal de Justiça, o STJ, suspendeu nessa quinta-feira a tramitação de uma ação do Ministério Público de Minas Gerais que pede a intervenção judicial na Fundação Renova, criada para administrar a reparação dos danos causados à população e ao meio ambiente com o rompimento da barragem do Fundão, em 2015, na cidade de Mariana, em Minas Gerais.A decisão do ministro Og Fernandes suspendeu a ação até que primeira seção do Tribunal julgue se o processo de intervenção deve seguir na Justiça Estadual ou Federal.                                                                                  A Renova foi criada em 2018, resultado do acordo fechado pelos governoS federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo com as empresas Samarco, Vale e BHP. A negociação foi intermediada pela Justiça Federal. No acordo, a Fundação seria a responsável pela reparação socioambiental dos danos do rompimento da barragem.Até a decisão sobre o conflito de competência da justiça as questões urgentes no processo de intervenção devem ser resolvidas na Justiça Federal.Em fevereiro deste ano, o Ministério Público pediu na justiça mineira a extinção da Fundação Renova, alegando que a entidade vem atuando para limitar as responsabilidades das empresas Vale e BHP, controladoras da Samarco.A Renova estaria em desvio de finalidade, e teve as contas rejeitada por quatro vezes. Além da extinção, o MP pede a condenação das empresas responsáveis e indenização por suas ações.              Luiz Paulo Siqueira, da coordenação do Movimento Pela Soberania Popular na Mineração, o MAM, que articula a comunidade atingida pela tragédia, afirma que a decisão do STJ reforça a impunidade das empresas.                                                                              Em 2015, o rompimento da barragem do Fundão despejou 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Doce, percorreu 680 km e chegou ao litoral do Espírito Santo.  19 pessoas morreram, vilas foram destruídas pela lama, que poluiu nascentes e rios.
Em nota, a Fundação Renova disse que desembolsou mais de R$ 13 bilhões em ações de reparação, e que 4 bilhões foram gastos em indenizações e auxílios para 323 mil pessoas. A BHP disse que apoia a Fundação em sua missão. Procuradas pela reportagem, a Vale e a Samarco não quiseram se manifestar. 

Concorra a prêmios surpresas ao fazer parte de nossa newsletter GRATUITA!

Quando você se inscreve na nossa newsletter participa de todos os futuros sorteios (dos mais variados parceiros comerciais) do PlanetaOsasco. Seus dados não serão vendidos para terceiros.

PlanetaOsasco.com

planeta

O PlanetaOsasco existe desde 2008 e é o primeiro portal noticioso da história da cidade. É independente e aceita contribuições dos moradores de Osasco.

Artigos relacionados

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Botão Voltar ao topo
0
Queremos saber sua opinião sobre a matériax