Após vacina contra covid-19, famílias comemoram a volta do abraço
”Em teu abraço eu abraço o que existe,a areia, o tempo, a árvore da chuva,e tudo vive para que eu viva: sem ir tão longe posso ver tudo”. O abraço presente nesses versos do poeta chileno Pablo Neruda é o afeto do acolhimento e um gesto que amplia os sentidos de um encontro.
O abraço também está nas canções, nos recados, nas mensagens trocadas, mesmo à distância. Bom mesmo é abraço longo para diminuir a saudade, para consolar um amigo aflito, para demonstrar carinho.
O brasileiro gosta de abraçar! Quem não gosta de cumprimentar até mesmo um desconhecido com um abraço? Ou visitar um parente, um amigo e correr para o abraço?
A pandemia impôs restrições como forma de prevenir a disseminação do novo coronavírus e, em muitos casos, o abraço ainda precisa ser adiado. Quem você queria ter abraçado e ainda não pôde por causa da pandemia?
A psicóloga Juliana Gebrim afirma que o abraço é uma troca insubstituível, por ser uma conexão direta entre as pessoas. A especialista destaca a importância do abraço.
Se de um lado tem muita gente com saudade dessa troca, algumas pessoas voltaram a abraçar depois que foram vacinadas contra a covid-19, como a personal trainer Henia Aquino. Mas ela reforça que tem mantido os cuidados necessários.
E que tal um abraço para comemorar os 90 anos da mãe? Isso pode na casa da funcionária pública Telma Barros. Mesmo que uma grande festa não tenha sido possível, a celebração entre os parentes mais próximos permitiu a troca de abraços.
Manter o contato afetuoso com quem se ama renova a esperança enquanto se atravessa a pandemia. Uma palavra, um gesto, até que seja possível ter de volta o contato mais próximo, que começa com um abraço.
