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Mais de 10 mil propriedades cultivaram soja em áreas desmatadas após 2008, diz UFMG

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais produziu um estudo em que identifica as propriedades que desmataram ilegalmente, entre 2008 e 2018, para ampliar plantações e pastagens.

A pesquisa aponta que um quinto das 53 mil propriedades que produzem soja na Amazônia e no Cerrado cultivaram em terras desmatadas após 2008, desrespeitando as normas. Cerca de 2 milhões de toneladas de soja contaminada podem ter tido como destino os mercados da União Europeia no período estudado.

Ainda segundo os pesquisadores, pelo menos uma em cada oito das mais de 4 milhões de cabeças de gado negociadas em matadouros por ano, têm origem direta de propriedades que podem ter desmatado ilegalmente. Isso representa 2% da carne produzida na Amazônia e 13% da produção do Cerrado.

O estudo cruzou dados de uso e cobertura da terra obtidos pelo Cadastro Ambiental Rural, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o projeto MapBiomas. Os imóveis são então vinculados às cadeias produtivas. É medida também a capacidade de produção, no caso de soja. Quando se trata do gado, o processo é mais complexo e demanda análise de rede.

O professor Raoni Rajão, que coordena o Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais, vinculado ao Departamento de Engenharia de Produção da UFMG, explica como o país pode avançar numa produção agrícola sem desmatamento ilegal.

A equipe de pesquisadores publicou um artigo na Revista Science, na última semana, onde apresenta os resultados deste trabalho.

Para eles, a União Europeia ocupa posição de liderança global em esforços para garantir importações de produtos que não se beneficiem do desmatamento. Com as informações disponíveis no estudo, os pesquisadores acreditam que a Europa pode usar o poder comercial e de compra para ajudar a reverter a situação do desmatamento ilegal no Brasil.

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