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Alimentação e bebida puxam alta em prévia da inflação de junho, segundo IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15, considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,02% em junho, após cair 0,59% em maio. Apesar da alta, esse é o menor resultado para o mês de junho desde 2006,  quando a taxa apontou deflação de 0,15%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,37% e, em 12 meses, de 1,92%, abaixo dos 1,96% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Segundo o economista do Insituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas,  André Braz, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central do governo, de 4%.

“Ainda que a expectativa de curto prazo seja de avanço da inflação, a previsão para 2020 é de uma inflação ainda baixo de 1,2%. É um nível muito baixo de inflação, considerando o ano-calendário (de janeiro a dezembro) e, provavelmente, vai ser o ano com menor inflação acumulada desde o Plano Real, desde o período de estabilização”, explica

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram deflação. Os transportes registraram a menor variação, de -0,71%. A queda foi influenciada, sobretudo, pelo resultado das passagens aéreas, responsáveis pelo principal impacto individual negativo no IPCA-15 de junho. Outro item que contribuiu para o resultado foi a queda no preços dos combustíveis. Também tiveram deflação os grupos de despesa com habitação, influenciada pela energia elétrica, vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais.

No lado das altas, o destaque ficou mais uma vez com alimentação e bebidas, com variação de 0,47%, próxima ao resultado de maio. O economista FGV explica que o resultado mostra o quanto a alimentação pressiona o custo de vida dos brasileiros.

“O grupo de alimentação manteve sua taxa de variação praticamente estável, em comparação ao mês passado. Subiu 0,47% e indica que a alimentação pressiona muito ainda o custo de vida, principalmente das camadas mais pobres da população. Nos últimos 12 meses, de julho do ano passado a junho desse ano, o grupo alimentação é o que acumula a maior alta: 7,58%. O IPCA-15 acumula no mesmo período alta de 1,92. Isso mostra o tamanho do aumento real acumulado pelos alimentos nos últimos meses”, explica.

Outros grupos que tiveram altas foram despesas com artigos de residência, comunicação e educação.

Quatro das 11 regiões pesquisadas encerraram o período analisado com deflação. O maior índice foi observado na região metropolitana do Rio de Janeiro, principalmente por causa da alta nos alimentos, em especial as carnes e a batata-inglesa. Por outro lado, o IBGE verificou a menor taxa na região metropolitana de Belém, reflexo do recuo no preço das passagens aéreas.

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