Atleta brasileira de skeleton trabalha no combate ao coronavírus no Canadá
O skeleton é um esporte de inverno no qual o atleta desce uma pista de gelo deitado de bruços em um trenó. Em fevereiro, pouco mais de dois anos após iniciar na modalidade, Nicole Silveira se tornou a primeira brasileira a competir em um Mundial, em Altenberg, na Alemanha. Um mês antes, ela se sagrou vice-campeã da Copa América. Em dezembro, foi eleita a melhor atleta de inverno do país no Prêmio Brasil Olímpico.
Por “sorte”, a temporada de inverno já estava no fim quando a pandemia do novo coronavírus eclodiu. A gaúcha de 25 anos nasceu em Rio Grande, mas mora com os pais em Calgary, no Canadá. Até quinta-feira, o país tinha pouco mais de 52 mil casos confirmados e três mil mortes pela Covid-19 – bem menos que o vizinho Estados Unidos, que tem mais de um milhão de registros da doença e quase 61 mil óbitos.
O jeito é se exercitar em casa, mas Nicole, também está na linha de frente do enfrentamento ao novo coronavírus. Ela é enfermeira e trabalha em dois hospitais – um para crianças e um para adultos, na área cardiológica. No setor dela, curiosamente, segundo ela, o movimento é menor que o usual.
“Eu trabalho num setor de pós cirurgia, e como muitas foram canceladas nesse periódo, os hospitais estão bem vazios”.
Apesar da relativa tranquilidade, precaução nunca é demais, seja no trabalho ou em casa. A princípio, segundo Nicole, a próxima temporada de inverno, que começa em outubro, não teve modificações por conta da pandemia. Será a oportunidade da gaúcha, que já foi da seleção feminina de bobsled, outro esporte de gelo, ser a primeira brasileira do skeleton a competir em uma Olimpíada de Inverno, em Pequim, na China, em 2022. Enquanto o retorno às pistas não ocorre, a enfermagem pede passagem em tempos de coronavírus.
