Saúde lança estratégia para combate à obesidade infantil
Cerca de 6 milhões e 400 mil crianças brasileiras estão acima do peso, sendo que mais de 3 milhões podem ser consideradas obesas. A Organização Mundial da Saúde considera a obesidade uma doença. E entre as principais causas estão os maus hábitos de alimentação e a falta de atividades físicas.
A coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini, alertou que a obesidade não é um problema individual. Segundo ela, práticas como beber bebidas adocicadas, se alimentar em frente à televisão e comer alimentos ultra processados estimula a obesidade infantil.
O Ministro da Saúde lançou nesta terça-feira a Campanha Nacional de Combate e Prevenção à Obesidade Infantil. É um esforço conjunto com outras esferas de governo e com entidades nacionais e internacionais, para reverter os números da obesidade, com foco nas crianças de até 10 anos de idade.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, lembrou que, durante décadas, o Brasil combateu a desnutrição infantil. Para ele, esse problema ainda não acabou, mas a obesidade passou a ser prioridade.
A partir desta quarta-feira (11) até o dia 10 de setembro, mil municípios poderão se inscrever na Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil. Juntos eles vão receber 31 milhões e 900 mil reais por ano, pelos próximos três anos. As cidades contempladas serão aquelas de até 30 mil habitantes, que, em 2019, tinham mais de 15% das crianças menores de 10 anos diagnosticadas com sobrepeso.