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São Paulo pode ficar sem água em dois meses

O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, admitiu nesta semana a adoção de um rodízio “muito drástico” na região metropolitana e a formulação de dois dias com água para cinco dias sem.

Esta seria a solução “no limite”. No ritmo atual, o volume disponível para captação no Sistema Cantareira deve se esgotar em março e a terceira cota de 41 bilhões de litros do volume morto termina em maio.

Massato está há cerca de dez anos nesse cargo (entrou na Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, Emplasa, em 1975). Foi assessor de um irmão de Alberto Goldman, ex-governador. Entre 1996 e 2003, segundo o site da estatal, gerenciou “programas de redução e controle de perdas, entre outras coisas”.

Em fevereiro, falou publicamente em racionamento para em seguida recuar, sob o argumento de que seria prejudicial aos mais pobres. Três meses depois, na CPI na Câmara Municipal, advertiu os presentes de que, se a crise piorasse, iria distribuir água com uma canequinha.

Massato é um quadro importante na companhia. Foi cotado para suceder a presidente Dilma Pena, que saiu em dezembro. Perdeu a corrida para Jerson Kelman.

Numa reunião da diretoria da Sabesp do ano passado, cujo áudio vazou, ele deu sua declaração mais sincera sobre o caos que se avizinha em São Paulo.

“Essa é uma agonia, uma preocupação”, começou. “Alguém brincou aqui, mas é uma brincadeira séria. Vamos dar férias. Saiam de São Paulo porque aqui não tem água, não vai ter água para banho, para limpeza da casa, quem puder compra garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá, aqui não vai ter”.

DCM – Diário do Centro do Mundo publicou em sua manchete de hoje, de autoria de Kiko Nogueira, as informações somadas das declarações de Massato e os dados da Sabesp sobre o volume morto ainda disponível nos reservatórios.

A atual situação não parece se tratar de Crise Hídrica -pelo contrário- e sim uma Crise de Abastecimento trazida pela má gestão pública do recurso natural. As informações prestadas nos últimos dias pelo Governo de São Paulo não condizem com os discursos pré-eleitorais e nos debates.

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