A inflação no país medida pelo IPCA avançou 0,31% em abril, o que representa uma desaceleração com relação a taxa de 0,93 verificada em março. No entanto, nos primeiros quatro meses deste ano, a alta dos preços já atinge 2,37%, o que supera o piso da meta da inflação definido pelo Banco Central para 2021, que é de 2,25. Nos últimos 12 meses, o acúmulo chega a 6,76%, maior variação para este período desde novembro de 2016 e também acima do teto da meta previsto, de 5,25%.
Todas as 16 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística registraram inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo. A maior variação veio de Rio Branco, com 0,96%, e, a menor, foi verificada em Brasília, 0,05%.
De acordo com o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov, o avanço foi puxado principalmente pelos produtos dos setores de Alimentação e Bebidas, que têm grande peso no consumo das famílias, e de Saúde e Cuidados Pessoais, grupo que teve o maior aumento no mês, 1,19%
Dentro do grupo dos alimentos, chama a atenção a variação acumulada no preço das carnes.
Com mais esse avanço em abril, elas já ficaram 35% mais caras nos últimos 12 meses. Já entre as quedas, que fizeram com que o aumento geral em abril fosse menor do que em março, o destaque é o grupo dos transportes, com deflação de 0,08%, puxada pelos combustíveis. Depois de 10 meses consecutivos de alta, a gasolina finalmente recuou 0,44% em abril, e o etanol também caiu 4,93.
O IBGE também divulgou nesta terça-feira (11) a inflação para as famílias de baixa renda, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Em abril, a alta foi 0,38%, abaixo da taxa de março, que tinha ficado em 0,86%. Mas este ano, o acumulo alcança 2,35%, chegando a 7,59% em 12 meses. Os produtos alimentícios subiram 0,49%, enquanto os não alimentícios encareceram 0,35%.
Subscribe
0 Comentários