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Rio: Secretaria de Saúde transfere pacientes de hospitais de campanha

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) informou hoje (17) que decidiu transferir os pacientes com covid-19 internados em seus hospitais de campanha para outras unidades “de forma preventiva”.Segundo a SES, a medida foi tomada porque o contrato de prestação de serviço da organização social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) terminará amanhã (18), e a OS teria informado no dia 14 que não prestaria mais os serviços.Em nota, o Iabas diz que solicitou a rescisão do contrato, mas não pediu o fechamento dos hospitais. A OS afirma que não foi informada previamente da decisão da SES e acusa o governo de falta de  transparência na gestão. 
A OS lembra que o governo do estado já havia decretado intervenção nos hospitais de campanha. “Desde a intervenção decretada no dia 2 de junho, todas as ações relacionadas a esses hospitais passaram a ser determinadas pela Fundação Saúde, que, no entanto, seguiu utilizando a mão de obra e os fornecedores de serviços e insumos contratados pelo Iabas.”
SES nega fechamento
A nota divulgada hoje pela secretaria diz que 26 pacientes que estavam internados no Hospital de Campanha do Maracanã e oito que estavam no de São Gonçalo serão transferidos para outras unidades. Ao todo, 23 desses pacientes estavam em unidades de terapia intensiva (UTIs).A secretaria nega que os hospitais estejam sendo fechados e diz que a Fundação Saúde, que é estadual, cederá profissionais para atuarem neles.Contratos do estado do Rio de Janeiro no contexto da pandemia de covid-19 vêm sendo alvo de denúncias de irregularidades e corrupção desde maio. O ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos foi preso na semana passada, acusado de integrar uma organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares usados em pacientes com covid-19.Santos havia sido exonerado do cargo depois que o ex-subsecretário Gabriell Neves foi preso, em maio, sob suspeitas relacionadas a contratos como o que previa a construção de sete hospitais de campanha, dos quais apenas dois foram inaugurados. Os hospitais foram prometidos para o fim de abril, mas a unidade do Maracanã só ficou pronta em maio, e a de São Gonçalo, em junho.O governador do estado, Wilson Witzel, também é investigado pela compra dos respiradores, mas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a crise na saúde se tornou a principal fundamentação para o pedido de impeachment que tramita contra ele na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. No último dia 15, o governador usou sua conta no Twitter para negar participação no suposto esquema, diante de notícias de que Edmar Santos teria assinado um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.“Com relação às informações divulgadas pela imprensa sobre um possível acordo de delação do ex-secretário de Saúde Edmar Santos com a PGR,  reafirmo, com serenidade e firmeza, o meu compromisso com a população do Rio de Janeiro de governar com ética e transparência”, escreveu o governador na rede social.
Riocentro
Sob administração municipal, o Hospital de Campanha do Riocentro desmobilizou 200 leitos de enfermaria nesta semana devido à diminuição da demanda por atendimento e à queda dos indicadores relacionados à pandemia. O hospital chegou a ter 500 leitos de enfermaria e foi uma das unidades de referência no atendimento à covid-19 na capital, ao lado do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla.A Secretaria Municipal de Saúde informou, porém, que todos os leitos de UTI continuarão em funcionamento. Em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que gostaria que hospitais de campanha estaduais também mantivessem as UTIs em funcionamento, o que inclui dois que foram montados pela iniciativa privada na Barra da Tijuca e na zona sul da capital.
Ministério Público
Para tentar reverter a decisão do governo do estado de transferir pacientes de um dos hospitais de campanha, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) encaminharam uma petição à 14ª Vara de Fazenda Pública para que o estado do Rio de Janeiro seja intimado a manter os pacientes e a não suspender a admissão de novos no hospital de campanha do Maracanã.Para as duas instituições, a transferência viola decisões judiciais anteriores e pode trazer risco grave e irreversível à vida dos pacientes, sobretudo aos que ocupam leitos de terapia intensiva.
Texto atualizado às 17h26 com inclusão de informações do MPRJ e da DPRJ&nbs

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