O terceiro candidato mais votado para o Senado pelo Mato Grosso deve assumir a vaga da senadora Selma Arruda, do Podemos, que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico e caixa 2. A decisão foi tomada pelo presidente do STF, ministro Dias Tofolli.
A liminar de Tofolli atendeu a uma ação do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, e do PSD, o partido de Carlos Fávaro, terceiro mais votado para o Senado na eleição de 2018.
Segundo Dias Toffoli, a Constituição preza pelo equilíbrio entre as unidades da federação e deixar uma das vagas do Mato Grosso sem representante geraria um prejuízo ao estado e uma maior centralização do Poder no ente federal.
Contudo, a decisão de Toffoli só terá validade após a Mesa Diretora do Senado declarar oficialmente a cassação de Selma Arruda, o que pode ocorrer no início dos trabalhos legislativos, a partir desta segunda-feira (03). A parlamentar teve o mandado cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em dezembro de 2019, por abuso de poder econômico e caixa 2.
Ela foi acusada de não ter contabilizado despesas e recebimentos de R$1,2 milhão na campanha o que, segundo o TSE, teria lhe dado vantagem em relação aos outros concorrentes.
Com a cassação, foram convocadas novas eleições para 26 de abril, mas o cargo deve ser ocupado até lá pelo terceiro colocado Carlos Fávaro, ex-vice-governador do Mato Grosso de 2014 a 2018, que teve 15% dos votos válidos, contra 25% da Juíza Selma, que ficou em primeiro lugar.
A então juíza ficou famosa por decretar a prisão de políticos do estado, como um ex-governador e um ex-presidente da assembleia local.
