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Brasileiro busca medalha inédita em Paralimpíada de Tóquio

A pandemia do novo coronavírus obrigou Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio a serem adiadas para ano que vem. Ocorre que seis meses depois, será a vez dos Jogos de Inverno, marcados para Pequim. Pelo menos até agora, os eventos não sofreram alteração, apesar do membro mais antigo do Comitê Olímpico Internacional (COI), Dick Pound, ter dito à agência de notícias Reuters que se a Covid-19 não estiver controlada até Tóquio, o impacto em 2022 seria inevitável. Um dos brasileiros que tentam chegar à Paralimpíada de Inverno, Cristian Ribera, pensa de forma parecida.

Cristian compete no esqui cross country, uma espécie de maratona na neve. Ele nasceu com artrogripose, doença que limita as articulações das pernas. O Brasil, por razões climáticas, passa longe de ser um país de peso nos esportes de inverno. Mas, em Pequim, há uma possibilidade real de se fazer história, e de ela ser escrita por Cristian. Há dois anos, nos Jogos de Pyeongchang, na Coreia do Sul, o jovem de Cerejeiras, em Rondônia, atingiu o maior resultado brasileiro em Jogos de Inverno, olímpicos ou paralímpicos: o sexto lugar na prova de 15 quilômetros para atletas que competem sentados. De lá para cá, ele se firmou entre os principais nomes da modalidade: terminou a última temporada de neve como vice-campeão da Copa do Mundo e em quinto no ranking mundial.

Hoje, ele tem 17 anos. Isso significa que, quando disputou a primeira Paralimpíada da carreira, Cristian tinha só 15 primaveras completas, sendo o mais novo entre os 570 atletas que competiram na Coreia do Sul, podendo chegar a 2022, em sua segunda participação, antes mesmo dos 20 anos.

Até por isso o jovem treina o máximo que pode, mesmo atrapalhado pela pandemia. Ele hoje mora em Jundiaí, cidade no interior paulista, onde até semana passada só estavam liberados serviços essenciais. O jeito tem sido trabalhar em casa. Superar desafios não é exatamente uma novidade pra Cristian . Por conta da doença com a qual nasceu, ele teve que passar por 21 cirurgias. A vinda para São Paulo, aos três meses de vida, tem a ver com o tratamento.

O esporte surgiu como parte do processo de fisioterapia e a carreira nele teve como maior incentivador a mãe, dona Solange, por quem o jovem nutre a maior gratidão. Há dois anos, imediatamente após o sexto lugar na Coreia, Cristian ligou para agradecer a mãe por todo o esforço. Quem sabe, daqui mais dois anos, outra ligação emocionada esteja a espera de dona Solange. Desta vez, para falar de uma inédita medalha paralímpica.

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