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Pesquisa sobre trabalho doméstico na pandemia revela desigualdade social entre brasileiras

Desde o início da pandemia, a professora universitária Raquel Zanatta, mãe de dois filhos, sente que trabalha mais do que antes, apesar da ajuda do marido. Ela conta a experiência deles durante a quarentena.

Outra mulher que está se virando em mil é Patrícia Cristina. Ela é mãe de uma menininha de dois anos, mas agora não tem mais a escolinha, a faxineira e nem a ajuda da mãe para as tarefas do dia a dia.

E não foram apenas Raquel e Patrícia que perceberam o aumento de trabalho durante a quarentena. Pesquisa da Organização de Mídia, Gênero e Número, em parceria com a Sempreviva Organização Feminista, divulgada nesta quinta-feira (30), revelou que metade das brasileiras passou a cuidar de alguém, após o novo coronavírus. No campo, mais de 60% passaram a ter essa função.

Assim como Raquel, 41% das mulheres empregadas afirmaram trabalhar mais do que antes. As mulheres brancas foram as que mais tiveram o salário integral mantido neste período de pandemia. Para 40% das entrevistadas, a pandemia e o isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco. A maioria que afirmou ter dificuldades em pagar contas básicas e aluguel é negra.

A socióloga Tica Moreno, uma das responsáveis pelo estudo, aponta que o levantamento mostrou que as desigualdades entre as mulheres de classes e raças diferentes permanecem agora na pandemia.

A pesquisa foi realizada com mais de 2,6 mil mulheres de todo o Brasil, entre os meses de abril e maio. Elas responderam um questionário on-line com cinquenta e duas perguntas sobre trabalho, renda, sustenção financeira, trabalho doméstico e cuidado não remunerado no interior de seus lares.

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