Rio chega a 10 mil casos de Covid-19 e Crivella estende por mais sete dias medidas de isolamento
As medidas restritivas para o isolamento social na cidade do Rio de Janeiro foram ampliadas por mais sete dias. O anúncio é do prefeito Marcelo Crivella. As regras começam a valer nesta terça-feira (12). O motivo da implementação é resultado de um aceleramento na curva de contaminação, quando o Rio atingiu 10 mil casos de contágio pelo novo coronavírus, como explica Crivella.
Sonora: “Aumentou o número de internações, aumentou o número de contaminações e aumentou o número de óbitos…”
Na avaliação do prefeito, um lockdown em todo o município do Rio só poderia ser considerado se houvesse mais ações de socorro à população, como a entrega de cestas básicas.
As medidas foram decididas após reunião com o comitê científico da prefeitura, no fim de semana. Dois possíveis fatores podem ter levado a um aumento da curva: o descuido da população no feriado do Dia do Trabalho e a extensão da quarentena.
Com o decreto, o acesso de carros particulares de não moradores será proibido no centro de bairros da zona norte, zona oeste da capital e Copacabana, na zona sul. De acordo com Crivella, a fiscalização terá apoio da Polícia Militar.
Sonora: “Nossas medidas dependem muito da Polícia Militar. Nossa guarda é desarmada e tem imensas dificuldades para atuar em todas essas áreas em uma situação como essa que estamos vivendo.”
A prefeitura também vai decretar a proibição de apostas presenciais nas casas lotéricas. Segundo o prefeito, esses locais continuavam a aglomerar idosos, um dos grupos de risco de contágio do coronavírus.
Nos próximos dias, bares, restaurantes e lanchonetes só poderão manter serviços de vendas para viagem e de entregas de portas abaixadas, sem consumo no local.
O veto se estende a todo o comércio nas comunidades, com a exceção de supermercados e farmácias. Outra medida é a proibição de estacionamento de veículos particulares por não moradores nas áreas situadas entre as praias do Leme e do Pontal. A prefeitura também vai vetar a realização de obras que não sejam emergenciais.