A volta às aulas em São Paulo pode ser adiada. O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn admitiu, nessa sexta-feira, que as aulas nas escolas públicas não devem ser retomadas no dia 8 de setembro, como anunciado pelo governo em junho.
Isso porque várias regiões do estado ainda não conseguiram alcançar a terceira fase, a fase amarela, do Plano São Paulo, que orienta a flexibilização da quarentena no estado.
Nessa sexta-feira, o centro de contingência apresentou a nova classificação das regiões. Três delas – Piracicaba, Franca e Ribeirão Preto – ainda estão na fase vermelha, a de maior restrição, onde só produtos essenciais podem funcionar.
Essa classificação é atualizada a cada duas semanas e, mesmo que essas regiões consigam avançar no plano, sem registrar nenhum novo aumento de casos, mortes ou ocupação de leitos de UTI, elas só poderiam atender os critérios definidos pelo próprio governo no final de setembro.
Mas, a avaliação do secretário ainda pode ser revista. Em outros momentos, o governo paulista chegou a alterar as regras do plano para conseguir acelerar o processo de abertura.
Há duas semanas, a região de Registro, que estava na fase vermelha, foi classificada na fase amarela, sem passar pela fase 2, a fase laranja. Academias, que deveriam voltar só na fase verde, puderam abrir as portas já na fase amarela e estabelecimentos comerciais que deveriam abrir por, no máximo 4 horas, na fase laranja puderam funcionar por mais tempo que o previsto.
As aulas no estado foram suspensas no começo da quarentena, no dia 24 de março.
Nessa sexta-feira, o estado de São Paulo registrou mais 11,2 mil casos de coronavírus, atingindo um total de 463 mil casos. O número de casos em 24 horas continua acima da média registrada na semana passada, cerca de 7 mil casos por dia. Já o número de óbitos chegou a 21.206.
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