No centenário de morte de João do Rio site apresenta textos inéditos
Há cem anos, em 23 de junho de 1921, morria João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, ou João do Rio, pseudônimo que o tornou conhecido. O escritor e jornalista é lembrado por ter desvendado a alma das ruas cariocas, ao ser testemunha da época em que viveu e deixar uma obra que continua atual.
Em entrevista concedida ao programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, o historiador e escritor Luis Antonio Simas, conta que o escritor em suas crônicas registrou fatos curiosos da religiosidade carioca no início do século XX.
João do Rio começou a trabalhar na imprensa aos 16 anos e notabilizou-se não apenas pelas crônicas, mas também romances, peças de teatro, ensaios, entrevistas e reportagens.
Mesmo na Academia Brasileira de Letras, sofreu preconceito por ser negro, obeso e homossexual.
Em entrevista ao programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, o jornalista e biógrafo de João do Rio, João Carlos Rodrigues, avalia que ele era um homem à frente de seu tempo.
João do Rio morreu aos 39 anos, no auge da carreira, de um mal súbito, dentro de um táxi. Seu corpo foi velado na redação do diário A Pátria, do qual era diretor e fundador. O enterro, um dos maiores da história carioca, realizou-se com cortejo de cerca de cem mil pessoas. Na época, a cidade, então capital federal, tinha 500 mil habitantes.
Em homenagem ao centenário de morte de João do Rio, um site organizado pela jornalista Cristiane d’Avila disponibiliza textos inéditos deste que é considerado o inventor da reportagem. As 52 colunas estão transcritas, organizadas por data de publicação e podem ser consultadas por ano, mês e palavras-chave no site: bilhetesdejoaodorio.com.br.
