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Samu foi chamado para atender vítimas em Paraisópolis, mas pedido foi cancelado pelos Bombeiros

A prefeitura de São Paulo confirmou que o Samu, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, foi acionado para atender as pessoas que participavam do baile funk em Paraisópolis na madrugada de domingo, quando nove jovens morreram.
A chamada chegou a receber a classificação de alta prioridade, mas na sequência o pedido foi cancelado pelo Cobom, o Comando do Corpo de Bombeiros, e o serviço não foi prestado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, que integra a Polícia Militar, o serviço foi cancelado porque as vítimas já tinham sido socorridas pelos policiais que estavam no local.
Mas testemunhas que participavam do baile funk dizem que a PM impediu o socorro. A versão tem sido repetida por frequentadores da festa e moradores da região foi confirmada também por familiares das vítimas, como Fernanda dos Santos Garcia, irmã de Dennys Guilherme, de 16 anos.
Já o Condepe, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, disse que a cena do crime foi alterada. Segundo o conselho, sete das nove vítimas morreram no local, e não deveriam ter sido levadas para hospitais, como explicou o conselheiro Ariel de Castro Alves.
“Remover as pessoas num suposto socorro, quando na verdade as pessoas já faleceram no local, isso vai dificultar as investigações, os esclarecimentos, as apurações com relação à causa das próprias mortes. Isso é uma norma da Secretaria de Segurança Pública, existem protocolos nacionais que não foram devidamente respeitados”.
O Ministério Público de São Paulo nomeou a Promotoria do Tribunal do Júri para conduzir o inquérito. O tribunal é responsável por investigar crimes de homicídio.
Mas o procurador-geral de Justiça do estado, Gianpaolo Smanio, evitou fazer críticas à ação policial e falar em punição dos envolvidos.
“Ninguém gosta de nove mortes em nenhum evento. Isso de fato incomoda todos nós, agora a forma de lidar com isso por parte do Ministério Público é fazer uma apuração dos fatos e propor medidas de solução para que isso não se repita”.
Um dos papeis do Ministério Público é o controle externo das polícias com a denúncia de abusos à Justiça.
Seis PMs envolvidos na ação foram afastados do patrulhamento das ruas.
Nessa terça-feira um novo vídeo foi divulgado por moradores de Paraisópolis. As cenas mostram um policial agredindo indiscriminadamente pessoas que passavam pela rua.
A polícia militar confirmou a autenticidade do vídeo, mas disse que as cenas foram gravadas no dia 19 de novembro e que o policial já foi afastado das ruas.

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